Governo autoriza hospital de São João a gastar 22,5 milhões na nova ala pediátrica

O Governo autorizou o Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, a gastar 22,5 milhões de euros para construir e equipar a nova ala pediátrica até 2021. A diretora clínica do hospital, Maria João Baptista, acredita que a garantia do financiamento público por parte do Governo para a construção da ala pediátrica era o "único elo" que faltava neste processo.

A portaria, agora publicada em Diário da República, “autoriza” o São João a “assumir o encargo até 22,5 milhões de euros”, mais IVA, “referente à construção e apetrechamento do Hospital Pediátrico Integrado”.

Recorde-se que durante 10 anos, e até ao início de julho deste ano, o centro hospital manteve o internamento de crianças em contentores provisórios. Agora, e com a garantia de financiamento público, para 2019 o hospital fica autorizado a assumir um encargo até 3,7 milhões de euros, o mesmo que em 2021. Em 2020, o montante sobre para 15 milhões, escreve a Lusa.

A portaria autoriza assim o hospital de São João a assumir os “compromissos plurianuais” para celebrar os contratos necessários, “pelo período de três anos”, com vista à construção e equipamento da nova ala pediátrica. O documento estabelece que "a importância fixada para cada ano económico pode ser acrescida do saldo apurado no ano anterior".

“Agora, acredito que a obra vai acontecer”

A diretora clínica do Centro Hospitalar Universitário de São João, Maria João Baptista, considera que a garantia do financiamento público por parte do Governo para a construção da ala pediátrica era o "único elo" que faltava neste processo.

"Agora, acredito que a obra vai acontecer. Haver uma segurança do Estado em garantir financiamento público era o último elo que nos faltava para garantir que, efetivamente, a ala pediátrica vai ser construída", disse a responsável, citada pela Lusa.

Maria João Batista acredita que a empreitada arrancará ainda este ano, com data de conclusão “marcada” para 2021. Mais adiantou que o decorrer das obras não vai afetar nem interferir com os espaços onde, atualmente, estão internadas as crianças.