Projeto para os 23 mil m2 dos lotes que empresa espanhola tem reservados, desde 2000, prevê área bruta de construção de 71 mil m2, acima do solo.
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El Corte Inglés oferece 29 milhões por terreno na Boavista - quer construir loja, habitação e hotel
porto.pt

O projeto do El Corte Inglés para os terrenos que tem reservados, desde o ano 2000, junto à rotunda da Boavista, no Porto, vai além da construção de um novo armazém. A empresa espanhola, nos cerca de 23 mil metros quadrados (m2) disponíveis naquela zona da cidade, pretende também promover nova habitação, comércio, serviços e um hotel. Caso o pedido de informação prévia entregue na Câmara do Porto passe o crivo da autarquia, a área bruta de construção pode superar os 71 mil m2, acima do solo.

Para adquirir estes terrenos, o El Corte Inglés deverá investir quase 29 milhões de euros, segundo escreve o Público, recordando que a empresa é dona de alguns prédios naquele quarteirão, tendo já pago à Infra-estruturas de Portugal quase 18,7 milhões de euros (dos quais quase 15 milhões a título de sinal), para poder vir a ter o direito de superfície, por 99 anos, prorrogáveis por mais 50, de uma grande parcela no local onde funcionou a antiga estação de comboios da Boavista.

O projeto da empresa para a zona

Com o emparcelamento proposto à Câmara, todo aquele quarteirão será dividido em três parcelas. A maior, com um hectare, e frentes para a rotunda, a Avenida de França e a Rua de 5 de Outubro, está destinada ao grande armazém mas também a um hotel, com sete pisos acima da cota soleira e seis pisos no subsolo.

  • À superfície, tal como indica o jornal, é proposta a construção de quase 54,2 mil m2, e em cave pede-se a aprovação de 49,4 mil metros quadrados, menos do que o promotor esperaria, por via da implantação, já acordada, da futura estação terminal da Linha Rosa do Metro do Porto. O El Corte inglés perde lugares para automóveis, em vários pisos, mas ganha uma ligação directa entre um piso comercial e a futura gare subterrânea que deverá estar a funcionar entre 2022 e 2023.
  • Por trás do grande armazém, ligando as duas radiais à Praça Mouzinho de Albuquerque, será reperfilada, e aberta ao trânsito, uma rua já existente no local, que servirá de acesso ao estacionamento subterrâneo, e abrirá, à superfície, uma nova frente de edificação. E em dois lotes, a norte desta nova rua, confrontando ainda com uma outra nova artéria, que dela sairá em direção à Rua Helena Sá e Costa, que o ECI pretende implantar dois prédios contíguos, de habitação (15 mil metros quadrados em oito andares), comércio e serviços (1925 metros quadrados).
  • Sobra uma parcela de 4200 metros quadrados, junto ao interface da Casa da Música, com frente para a Avenida de França, que está proposta para entrega ao município, para equipamento. 

O El Corte Inglés contabiliza, nesta operação, cedências ao domínio municipal que totalizam quase 16.400 m2, embora parte da rua entre a Avenida de França e a Rua de 5 de Outubro surja proposta como “espaço privado com ónus de utilização pública” por incluir rampas e estacionamento no subsolo, de acordo com a mesma fonte.

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