
Será na zona da Boavista, em plena rotunda, que o El Corte Inglês quer abrir uma nova área comercial em Portugal. O projeto da cadeia espanhola para o Porto volta à luz do dia, quase 20 anos depois de ter sido anunciado publicamente e de muitas "lutas" com a autarquia da Invicta por causa da localização. O processo de licenciamento já estará agora em marcha por parte da empresa e a construção do espaço deverá arrancar em 2020, segundo Ricardo Valente, vereador da Economia, Turismo e Comércio da Câmara do Porto.
“O projeto do El Corte Inglês, de facto, vai renascer no Porto. (…) O que sabemos é que o El Corte Inglés já demonstrou a intenção de fazer nascer ali um projeto, que é um projeto multifuncional“, segundo declarou o responsável à Lusa, revelando que a ideia que o novo espaço, além da área comercial, contemple outros equipamentos como ginásios e até uma zona hoteleira.
O grupo espanhol, ainda de acordo com o governante local, está “neste momento a tratar da questão do licenciamento” para a abertura do novo espaço nos terrenos da CP e da Refer, hoje nas mãos da Infra-estruturas de Portugal, na rotunda da Boavista, em que mantém os direitos de opção de compra até 2021 - algo que deixou a Câmara do Porto muito “satisfeita”, tal como aponta o responsável autárquico.
Projeto renasce com apoio da atual autarquia
“Para nós, é extremamente relevante o desenvolvimento de um projeto naquela zona da cidade”, declarou Ricardo Valente, frisando que “é fundamental que aquela área que é cratera” desapareça.
À agência de notícias, o vereador mostrou-se ainda convicto de que a construção do espaço comercial que tinha sido chumbada pela Câmara do Porto à data liderada por Rui Rio, possa arrancar em 2020, se os projetos de arquitetura ficarem prontos até ao final deste ano - isto apesar de, segundo a imprensa diária de hoje, a Câmara do Porto não ter oficialmente, recebido nenhum Pedido de Informação prévia, ou projeto.
Em outubro de 2003, a imprensa noticiava que o El Corte Inglés tinha como objetivo construir a sua segunda megaloja em Portugal - depois de Lisboa - num terreno junto à Rotunda da Boavista e à Casa da Música, mas a autarquia - naquele momento presidida por Rui Rio - queria o projeto na Baixa do Porto.
Face a estas divergências, a empresa optou então instalar-se em Vila Nova de Gaia, na margem sul do Douro e abriu um centro em 2006, junto à estação de metro João de Deus.
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