Obra destaca-se pela arquitetura e engenharia e vai a “bom ritmo”, o que não acontece com o Matadouro que aguarda visto do TdC há 365 dias.
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Terminal Intermodal de Campanhã está em marcha e promete revolucionar mobilidade do Porto
CMP

A construção do futuro Terminal Intermodal de Campanhã (TIC) está a avançar a bom ritmo e quando estiver concluído – previsto para junho de 2021 - vai “revolucionar a mobilidade e o serviço de transporte público a nível metropolitano”. A garantia foi dada por Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto, na primeira visita que fez - ontem, terça-feira, 18 de fevereiro de 2020 - à empreitada do terminal, que arrancou em setembro de 2019 depois do visto do Tribunal de Contas (TC).

Já em relação ao Matadouro Municipal, também em Campanhã, Rui Moreira desabafou: “É lamentável”, dando nota de que “há uma ano que não existe qualquer contacto com o Tribunal de Contas”, a respeito deste projeto.

Acompanhado pelo administrador da ABB - Alexandre Barbosa Borges, S.A, Gaspar Borges e pelo diretor da obra, António Barbosa, empreiteiro, o autarca mostrou-se muito satisfeito com o andamento da empreitada do TIC, que implica um investimento municipal de mais de 13 milhões de euros, sendo que o projeto tem candidatura aprovada para fundos comunitários do programa Norte 2020. 

"As coisas estão a correr muito bem", destacou Rui Moreira, frisando que está confiante de que a plataforma intermodal, “um sonho acalentado há muito tempo”, será uma realidade em breve. "Tem aqui um aspeto curioso: fará nessa altura (data de conclusão da obra) 18 anos que foi anunciado como prioridade para a cidade do Porto a construção de um terminal intermodal", assinalou. 

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Obra de arquitetura e engenharia notável 

Projetado pelo arquiteto Nuno Brandão Costa, o TIC será também uma “obra de engenharia notável e um espaço verde de referência”, considerado fundamental para o desenvolvimento da zona oriental da cidade, sendo por outro lado, neste momento, já visível o desenvolvimento imobiliário que está a acontecer nesta zona da cidade. 

A obra, com uma área bruta total de construção de cerca de 24 mil metros quadrados (m2), inclui também um parque natural que será um “elemento agregador de toda a envolvente urbana, com 46 mil metros quadrados de área verde”, refere o projeto.  

O equipamento será ainda inovador no campo da sustentabilidade ambiental, respeitando a norma internacional LEED - Leadership in Energy and Environmental Design. 

Nos seis meses de obra, e de acordo com a informação da autarquia, “já se escavou cerca de 12 metros, instalaram-se 4700 metros lineares de estacas e 110 de ancoragens, usou-se 3800 metros cúbicos de betão e 430 mil quilos de aço”. 

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Interface estratégico para a cidade 

De acordo com as informações da Câmara do Porto, o TIC vai dotar a zona de Campanhã de uma interface que irá abranger os autocarros da STCP e os operadores privados, comboios urbanos e de longo curso, metro e táxis, aproveitando também a localização privilegiada que possui através das acessibilidades rodoviárias, como a Via de Cintura Interna (VCI) e as autoestradas circundantes (A1, A3, A4 e A43). 

Além disso, o futuro equipamento municipal vai constituir um dos principais nós da rede de transporte público, enquanto interface estratégica de um anel de contorno da cidade do Porto, funcionando em articulação com a interface da Casa da Música e a futuro interface do Hospital de S. João. E, na sua circundante, o TIC vai ainda promover "a ligação entre duas partes da cidade, que anteriormente estavam cortadas pela linha férrea", destacou Rui Moreira, aludindo à proximidade da infraestrutura às estações de comboios e de metro de Campanhã. 

O terminal vai ainda dispor de áreas utilitárias, como parque de estacionamento para 270 carros, terminal de camionagem, estação de serviço, paragens kiss & ride (sinalização rodoviária junto às escolas para aumentar a segurança), parque de bicicletas e de táxis, bem como áreas complementares de apoio ao público, serviços administrativos técnicos.  

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