Edifício reabilitado possui uma loja, uma vinoteca e a sala de prova de vinhos. E conta uma “narrativa arquitectónica”.
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Reabiltação urbana
Quinta da Aveleda, Penafiel Google Maps

Estabelecer um diálogo entre a arquitetura do passado e a do presente é um dos grandes desafios da reabilitação urbana. E foi precisamente esse trabalho que foi feito na reabilitação de um dos edifícios que compõem a Quinta da Aveleda, em Penafiel e que foi transformado num novo espaço de enoturismo do país.

Esta quinta da família Guedes é uma das principais produtoras de vinho verde do país. E nela procurou-se criar um novo espaço de enoturismo. A solução foi encontrada num projeto de reabilitação e reconversão do Edifício da Eira, um antigo edifício agrícola da Quinta de Aveleda.

Fazer a ponte entre a história da quinta, que remonta ao século XIX, e o presente foi um dos principais desafios neste projeto. E para criar uma estrutura que resistisse ao tempo, o arquiteto procurou, portanto, “ler e respeitar o passado” e intervir no edifício, trazendo para o século XXI. Isto porque “tal como um bom vinho, um bom edifício tem de saber envelhecer”, disse o arquiteto Diogo Aguiar no podcast "No País dos Arquitectos" do P3.

Enoturismo em Portugal
Foto de Helena Lopes en Pexels
Mas nem tudo foi possível conservar ao nível da estrutura, como foi o caso das asnas originais do edifício, que por não estarem bem conservadas não foram mantidas. Para resolver a questão foi criada uma solução arquitetónica fiel ao seu desenho e discreta, lê-se na publicação.

Desta reabilitação nasceu um edifício dedicado ao enoturismo que conta uma “narrativa arquitectónica” e que serve também como edifício-museu. O edifício está organizado numa sucessão de espaços contínuos: a loja, a vinoteca e a sala de prova de vinhos. E é no piso inferior do Edifício da Eira que está a Adega Velha, uma divisão que se manteve intacta.

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