
Estabelecer um diálogo entre a arquitetura do passado e a do presente é um dos grandes desafios da reabilitação urbana. E foi precisamente esse trabalho que foi feito na reabilitação de um dos edifícios que compõem a Quinta da Aveleda, em Penafiel e que foi transformado num novo espaço de enoturismo do país.
Esta quinta da família Guedes é uma das principais produtoras de vinho verde do país. E nela procurou-se criar um novo espaço de enoturismo. A solução foi encontrada num projeto de reabilitação e reconversão do Edifício da Eira, um antigo edifício agrícola da Quinta de Aveleda.
Fazer a ponte entre a história da quinta, que remonta ao século XIX, e o presente foi um dos principais desafios neste projeto. E para criar uma estrutura que resistisse ao tempo, o arquiteto procurou, portanto, “ler e respeitar o passado” e intervir no edifício, trazendo para o século XXI. Isto porque “tal como um bom vinho, um bom edifício tem de saber envelhecer”, disse o arquiteto Diogo Aguiar no podcast "No País dos Arquitectos" do P3.

Desta reabilitação nasceu um edifício dedicado ao enoturismo que conta uma “narrativa arquitectónica” e que serve também como edifício-museu. O edifício está organizado numa sucessão de espaços contínuos: a loja, a vinoteca e a sala de prova de vinhos. E é no piso inferior do Edifício da Eira que está a Adega Velha, uma divisão que se manteve intacta.
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