
A tecnologia continua a avançar. E o setor de construção vai evoluindo ao seu lado. Agora, há várias alternativas à construção tradicional, como é o caso da construção modular e pré-fabricada. Mas o setor depara-se com a falta de mão de obra especializada nestas novas tendências e falta de cursos nas escolas profissionais. E para resolver esta questão, o Grupo Casais criou um curso técnico superior especializado em tecnologias avançadas de construção, como é o caso da construção modular. Para atrair estudantes, o grupo vai pagar propinas e oferecer emprego durante, pelo menos, dois anos.
Mas, afinal, em que consiste este novo curso superior? Trata-se do novo curso de Técnico Superior Profissional em Tecnologias Avançadas de Construção que tem a duração de dois anos e é orientado “para a construção modular e industrialização da construção civil, através de novas tecnologias”, explicam em comunicado enviado às redações. Os estudantes terão orientação do corpo docente do Instituto Politécnico do Cávado e Ave (IPCA), em Barcelos, bem como dos colaboradores do Grupo Casais. Estão abertas 25 vagas e as candidaturas decorrem até 19 de agosto.
E há boas notícias: para atrair mais candidatos para o setor, dada a falta de mão de obra e interesse dos jovens por estas profissões, o programa chamado “+ Futuro Casais” vai assegurar as propinas de todos os alunos no primeiro ano e também as propinas do segundo ano, desde que os estudantes concluam “com sucesso” todas as unidades curriculares (UC) do ano anterior.
O último semestre do curso será dedicado a um estágio curricular numa das empresas do grupo. E concluídos os dois anos de estudos, o grupo Casais compromete-se a contratar os alunos por um período mínimo de dois anos, para lhes dar a oportunidade de aplicar os conhecimentos aprendidos.
“Com o Programa +Futuro Casais oferecemos aos que pretendam ingressar no setor da construção, a possibilidade de adquirirem, enquanto estudam, conhecimentos teóricos e competências práticas em contexto real de trabalho”, comenta António Carlos Rodrigues, CEO do Grupo Casais, citado no documento.

Há falta de formação em construção em Portugal
A falta de mão de obra especializada nos novos tipos de construção – como a modular - deve-se a dois fatores, segundo disse Sofia Miranda, diretora de Recursos Humanos do grupo Casais, citada pelo Expresso:
- "Não há interesse das gerações mais jovens em enveredar por este setor";
- As escolas profissionais do setor deixaram de ter cursos especializados por falta de formandos.
"Havia antigamente cursos técnicos de condução de obra, de preparação de obra… Hoje em dia já não há. As escolas profissionais que há no setor deixaram de ter [esses cursos] porque deixaram de ter formandos”, esclarece Sofia Miranda ao mesmo jornal. E o encerramento dos cursos nas escolas fez com que os currículos das instituições “deixassem de ter atualização, de trazer competências novas e tecnologias” para o ensino.
Este novo curso orientado para a construção modular e industrializada, criado pelo Grupo Casais em parceria com o IPCA, abre as portas a todos aqueles que pretendam trabalhar nas novas tendências de construção. Isto porque o programa formativo +Futuro Casais destina-se a todos os estudantes finalistas do ensino secundário ou a quem procura fazer reconversão profissional nesta área. As candidaturas podem ser formalizadas aqui.
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