Emprego construção

A construção continua a marcar passo em Portugal, sobretudo pelos projetos de construção civil, que levaram o índice de produção na construção a crescer 5,4% em setembro face ao período homólogo (mas menos que no mês anterior). Também o emprego nesta área aumentou no último ano, assim como os salários dos trabalhadores, num momento em que a mão de obra na construção continua a ser escassa.

O dstgroup diz estar “a crescer exponencialmente e, para atrair novos talentos”, anuncia que vai realizar um open day esta sexta-feira (dia 2 de junho de 2023), no campus de Braga. A campanha de recrutamento “desafia os candidatos a demonstrar o seu potencial”, refere a empresa em comunicado, adiantando que pretende contratar centenas de trabalhadores para as equipas nas áreas da construção, serralharia, mecânica, soldadura, carpintaria e inovação.

A construção de edifícios e a atividade da engenharia civil desaceleraram em maio face ao mês anterior.

O setor da construção português foi posto à prova durante a pandemia e superou o desafio com distinção. A construção não parou e o número de licenças de casas para construir também continuou a crescer.

O furação da pandemia da Covid-19 abalou - e está a abalar - vários setores. E o da construção, apesar de ter revelado “alguma resiliência”, também foi afetado.

Após um decréscimo anual de 0,2% em 2018, o número de trabalhadores do setor da construção voltou a crescer no primeiro trimestre de 2019 face ao período homólogo. Em causa está um aumento de 1,6%. É o valor mais alto desde 2013.

O número de trabalhadores do setor da Construção e Obras Públicas cresceu 8% até junho, para quase 310 mil trabalhadores, segundo dados do Inquérito ao Emprego, produzido pelo INE. A tendência positiva estende-se ainda à queda das insolvências e ao aumento da constituição de novas empresas, que registou um crescimento de 8,7% em relação ao período homólogo.

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) suspendeu 16 obras no final de maio, na sequência de uma ação inspetiva a nível nacional no setor da construção que visou promover a redução da sinistralidade. A inspeção decorreu entre 22 e 26 de maio e foram acompanhadas mais de 750 empresas em cerca de 330 estaleiros de construção civil. Verificaram-se cerca de 280 irregularidades, relacionadas sobretudo com andaimes e equipamentos de trabalho.

O investimento em construção aumentou no primeiro trimestre deste ano 8,5% face ao período homólogo. Trata-se do maior aumento desde 2002 e o segundo maior desde 2000. Face ao trimestre anterior, o último do ano passado, verificou-se um crescimento de 5%, valor que compara com crescimentos de 0,6% no consumo privado e de 3,1% das exportações.

O índice de produção na construção atenuou em novembro a variação homóloga negativa, recuando 2%, enquanto os índices de emprego e de remunerações diminuíram 0,1% e 0,4%, respetivamente.

A Federação Portuguesa da Indústria da Construção da Construção e Obras Públicas (FEPICOP) faz um balanço negativo do desempenho do setor em 2016. “Confirmando-se uma nova quebra na produção em 2016, este será o 9º ano consecutivo em que o setor não registará qualquer crescimento, estimando-se que, em volume, a produção em 2016 seja inferior a 45% da produção do ano de 2001, auge da atividade do setor”, refere a entidade em comunicado.

O número de empresas de construção está em queda em Portugal e o setor está longe de viver os dias de ouro de outros tempos. Ainda assim, as cerca de 44 mil construtoras em atividade, de várias dimensões, empregam 9% da população ao serviço no mercado nacional e geram 6% do volume de negócios do país, segundo dados divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).

O índice de produção na construção apresentou em agosto uma taxa de variação homóloga de -3,7%, o que compara com a variação de -4% verificada em julho. Segundo o INE, os segmentos considerados Construção de Edifícios e Engenharia Civil continuaram a registar variações negativas.

O setor da construção e do imobiliário foi um dos mais afetados pela crise, mas parece estar finalmente a dar sinais de retoma. A confirmar esta tendência estão alguns dados, como por exemplo o facto do setor ter gerado 9.056 empregos no primeiro semestre do ano.

Em agosto, o índice de produção na construção diminuiu 2,1% face ao mesmo mês do ano passado. Trata-se de uma queda homóloga inferior 0,1% face à registada em julho. Já os índices de emprego e de remunerações diminuíram 2,4% e 2,5%, respetivamente.

O setor da construção é, definitivamente, um dos mais afetados pela crise. Para Reis Campos, presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), 2013 foi um dos piores anos de sempre nesta área de atividade.

O setor da construção mergulhou numa enorme crise e está a sentir dificuldades para recuperar e vir à tona. A comprová-lo estão os números.

o sector da construção tem sido um dos mais penalizados com a crise. com o mercado parado, muitas empresas têm sido forçadas a fechar portas enquanto outras apostam forte na internacionalização para se manterem “vivas”.

o volume de emprego no sector da construção registou uma diminuição homóloga de 19,5% (variação de -19,8% em fevereiro), revelam dados do institudo nacional de estatística (ine). face ao mês anterior, o índice de emprego apresentou uma taxa de variação de -1,0% (-1,3% em março de 2012).