Residentes junto à nova estação na Estrela têm reclamado dos barulhos das obras que soam pela madrugada e que os impede de dormir.
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Obras no metro de Lisboa
Flickr | Wikimedia Commons

As obras de prolongamento do Metro de Lisboa estão em curso e não têm deixado a população da capital indiferente. A nova linha circular, que irá ligar o Rato ao Cais do Sodré, vai criar duas novas estações de metro: uma em Santos e outra na Estrela. Mas os moradores da Estrela estão indignados com o barulho das obras durante a madrugada e queixam-se de que não conseguem dormir, embora vejam vantagens em ter o metro na sua zona.

Incomodados com os ruídos contínuos das obras no metropolitano, que já duram há um ano, os moradores junto à nova estação da Estrela uniram-se para resolver a questão, tendo procurado respostas junto do Metro de Lisboa, da junta de freguesia, da Câmara Municipal de Lisboa, do empreiteiro e até junto de várias secretarias de Estado. Mas, até agora, os trabalhos procedem de igual modo, com os ruídos a passarem as 23h da noite e a ecoarem pela madrugada dentro, escreve o Público.

Sabe-se, pelo menos, a origem da questão. Segundo o mesmo jornal, a autarquia de Lisboa emitiu uma Licença Especial de Ruído que confere autorização legal ao Metropolitano de Lisboa para executar algumas obras com atividades ruidosas temporárias e em horários alargados.

Questionado sobre esta matéria, o Metro de Lisboa está “consciente de alguns incómodos que os níveis de ruído e vibrações sentidos possam causar na população”. E dizem ainda que a empresa tem procurado “minimizar os seus impactos junto dos fregueses que vivem na zona da Estrela”, utilizando maquinaria de apoio à obra e silenciadores, por exemplo, cita a mesma publicação. Os trabalhos que geram mais ruído deverão continuar até ao final do ano, prevê o Metro de Lisboa.

As obras na nova linha de metro, que irá criar um novo anel circular no centro de Lisboa, deverão terminar em 2024, altura em que está prevista a inauguração de mais de 2 quilómetros de rede. Esta obra de expansão do metropolitano de Lisboa conta com um investimento total previsto de 240,2 milhões de euros cofinanciados em 137,2 milhões de euros pelo Fundo Ambiental e em 103,0 milhões de euros pelo Fundo de Coesão, através do POSEUR – Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.

Metropolitano de Lisboa é o principal beneficiário do PRR

O Metropolitano de Lisboa é um dos maiores beneficiários do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) com financiamentos de 554 milhões de euros, segundo dados do Portal Mais Transparência divulgados esta quarta-feira, dia 9 de novembro.

Esta verba da bazuca europeia vai ser aplicada em dois projetos concretos do Metro da capital:

  • a expansão da linha vermelha até Alcântara, com 304 milhões de euros de financiamento e conclusão prevista para o final de 2025;
  • ao metro ligeiro de superfície Odivelas-Loures, com 250 milhões de euros atribuídos e conclusão em 31 de dezembro de 2025.

Além do Metropolitano de Lisboa, também a Infraestruturas de Portugal (IP) é considerada uma das principais beneficiadas pelo PRR, tendo previsto encaixar um total de 395 milhões de euros. O dinheiro vai servir para aumentar a capacidade da rede de estradas nacionais e melhorar as acessibilidades rodoviárias.

*Com Lusa

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