
O custo de construção de casas novas voltou a subir em fevereiro em Portugal, tendo aumentado 9,1% em termos homólogos. Trata-se, no entanto, de um crescimento homólogo inferior ao registado nos dois meses anteriores: em janeiro e dezembro foi de 11,1% e 10,9%, respetivamente. É também inferior ao verificado em fevereiro de 2022 (10,4%), sendo preciso recuar até janeiro do ano passado para encontrar um valor tão baixo (também 9,1%). Desde então, a subida tinha sido sempre superior a dois dígitos. Em causa estão dados provisórios divulgados esta segunda-feira (10 de abril de 2023) pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
“Em fevereiro, a variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) situou-se em 9,1%, taxa inferior em 2,0 pontos percentuais (p.p.) à observada em janeiro. Os preços dos materiais aumentaram 9,3%, desacelerando 0,9 p.p. face ao mês anterior e o custo da mão de obra aumentou 8,8% (12,2% em janeiro)”, conclui o instituto.
Segundo o INE, o custo dos materiais contribuiu com 5,3 p.p. para a formação da taxa de variação homóloga do ICCHN (5,9 p.p. em janeiro) e a componente mão de obra com 3,8 p.p. (5,2 p.p. no mês anterior).
Preço do cimento sobe 40% num ano
Entre os materiais que mais influenciaram esta variação estão o cimento, com um crescimento homólogo do preço de cerca de 40%, as madeiras e derivados de madeira, com variações superiores a 20%, e o betão pronto, com um crescimento perto dos 20%.
No que diz respeito à taxa de variação mensal do ICCHN, o INE indica que foi nula em fevereiro, tendo o custo dos materiais aumentado 0,1% e o custo da mão de obra ficado inalterado.
“As componentes materiais e mão de obra contribuíram ambas com 0,0 p.p. para a formação da taxa de variação mensal do ICCHN (-0,2 p.p. e 1,4 p.p. em janeiro, pela mesma ordem)”, lê-se na nota.
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