Concessionários de mais de 20 restaurantes foram notificados pela Câmara de Almada, que diz que vai tudo para concurso público.
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Restaurantes na Costa de Caparica
Imagem retirada do site do restaurante "O Barbas"

Os concessionários de mais de 20 de restaurantes da Costa de Caparica começaram a ser notificados pela Câmara Municipal de Almada (CMA), em novembro e dezembro do ano passado, para deixarem as instalações no prazo de dez dias. António Ramos, mais conhecido por “Barbas do Benfica” e dono do “O Barbas”, foi um deles. 

Em causa está, segundo o Público, o fim dos contratos das concessões para explorar os restaurantes naquela zona da Costa de Caparica, que pertence à autarquia. Citado pela publicação, António Ramos referiu que “o nome Barbas já é conhecido na Costa há 45 anos” e adiantou que “foi do seu bolso que saiu dinheiro para, ao longo dos anos, não só pagar a renda do espaço” como para “fazer as melhorias das infraestruturas, que se vão degradando”. 

Só em obras já gastou um milhão de euros para manter os dois espaços para onde foi obrigado a mudar-se “quando decidiram mandar abaixo” o seu anterior restaurante, no âmbito de um programa de requalificação daquela zona, assegurou. “Não me estou a ver sair daqui. É o Barbas que traz pessoas à Costa de Caparica, não é a câmara. Ninguém nos liga nenhuma. Só servimos para dar apoio às praias. Pagamos aos nadadores-salvadores no verão e não é assim tão pouco como isso. E agora querem-me pôr daqui para fora”, lamentou.

De acordo com Paulo Edson Cunha, advogado que representa alguns dos restaurantes, explicou que apesar de lhes ter sido dado dez dias para entregar os espaços, a carta referia que, ultrapassado este prazo, os restaurantes poderiam continuar a laborar mediante o pagamento de uma mensalidade. O que não significa, no entanto, “a renovação dos contratos”. “Todos fizeram investimentos muito grandes nestes espaços, porque tinham a promessa que iam renovar os contratos por mais tempo como recompensa”, explicou, citado pelo jornal. 

A autarquia adiantou que haverá um concurso público, estando apenas à espera que as providências cautelares que alguns donos de restaurantes interpuseram, contra o fim das concessões e que foram consideradas improcedentes pelo tribunal, transitem em julgado para avançar com os procedimentos concursais. 

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