Nas atividades imobiliárias os salários subiram 8,6% entre 2013 e 2022, mas a produtividade aumentou 43,4%, diz estudo.
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Salários no imobiliário e construção
Foto de Mikael Blomkvist no Pexels

Os trabalhadores portugueses estão cada vez mais produtivos. Mas a subida dos salários não está a acompanhar esta evolução positiva da produtividade. Esta é uma realidade bem visível a nível nacional que também é observada em vários setores de atividade. É o caso das atividades imobiliárias onde a produtividade aumentou muito mais do que os salários na última década. Também na construção há diferenças, embora de forma menos acentuada.

Estas são algumas conclusões do estudo elaborado pelo Laboratório Colaborativo para o Trabalho, Emprego e Proteção Social (CoLabor), publicado esta quarta-feira (dia 3 de abril), que analisou a correlação entre os salários e a produtividade nacional, entre 2013 e 2022. E concluiu que o ganho médio real dos trabalhadores portugueses sofreu um incremento de 10,6%, enquanto a produtividade real aumentou 18,7%, escreve o Expresso. Isto quer dizer que os salários dos portugueses têm crescido abaixo da produtividade, uma tendência já verificada desde 2013 - a única exceção foi o ano de 2020, altura em que a pandemia provocou impactos económicos consideráveis.

Olhando para dos diferentes setores de atividade, verifica-se que a relação entre a evolução dos salários e produtividade é bem distinta. É no setor do alojamento, restauração e similares onde a diferença é maior: os salários médios por trabalhadores subiram 19,4% entre 2013 e 2022, muito menos do que a produtividade (54,7%), lê-se no mesmo jornal.

Logo a seguir estão as atividades imobiliárias, onde os salários subiram 8,6% neste período e a produtividade aumentou 43,4% (ou seja, há uma diferença de 34,8 pontos percentuais). Também no setor da construção observou-se uma diferença, embora menos acentuada: o ganho médio real dos trabalhadores aumentou 5,2% e a produtividade subiu 23,8% em quase uma década.

Houve também algumas atividades económicas onde os salários tiveram um melhor desempenho do que a produtividade neste período, como foi o caso do setor da eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio, as atividades de informação e de comunicação ou a dos transportes e armazenagem. O que o estudo conclui também é que foram as atividades com menor índice de produtividade as que mais contribuíram para a criação de emprego.

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