a empresa publica de urbanização de lisboa (epul) vai desenvolver um projecto de urbanização e construção de uma cidade em cabo verde, no município de santa catarina, na ilha de santiago. uma ideia que começou a ganhar vida em 2009, quando o município em causa “manifestou interesse em obter o apoio e o ‘know-how’” da empresa portuguesa “para a revitalização e regeneração da cidade de assomada”, revela o director de planeamento e controlo da epul, jorge alves ferreira, ao idealista news
o passo seguinte foi informar a câmara municipal de lisboa do interesse existente, “solicitando formas de se poder promover e desenvolver a cooperação” com o município, explica jorge alves ferreira, adiantando que a autarquia “considerou que a cooperação devia desenvolver-se no âmbito da união das cidades capitais luso-afro-américo-asiáticas (uccla)”, da qual a epul é membro
o acordo de entendimento entre as duas entidades foi assinado em março, em cabo verde, tendo ficado estipulado que a “uccla irá celebrar com o município de santa catarina um acordo de associação” que visa constituir “uma sociedade em assomada, denominada ‘habitar assomada’”, esclarece o responsável. “neste momento, estão a ser ultimados os estatutos para a criação” da sociedade, adianta
segundo o director de planeamento e controlo da epul, a sociedade “habitar assomoda” tem como objectivo fazer “o estudo, o planeamento, a concepção e a execução de empreendimentos urbanísticos, a promoção e o desenvolvimento da construção de habitações económicas e sociais a custos controlados, a requalificação e a reabilitação urbana e paisagística e de equipamentos sociais” no município. tudo em prol do desenvolvimento do concelho de assomada, cidade que fica a cerca de 36 km da cidade da praia, capital do país
um terreno com 45 hectares
quando questionado sobre quantos fogos serão construídos, ou sobre quantos moradores podem vir a beneficiar com os trabalhos a realizar, o responsável diz que tudo dependerá “dos projectos a desenvolver no âmbito da nova sociedade”. jorge alves ferreira conta, no entanto, que o “terreno disponível” para a realização de trabalhos ronda os 45 hectares, “embora não esteja prevista uma intervenção simultânea em todo o território”. “actualmente, aquela área, descampada, apenas possui algumas infra-estruturas básicas, como água e luz”, conta
no que diz respeito ao investimento necessário, o director da epul salienta que a empresa vai disponibilizar à uccla “metade do capital” da sociedade “habitar assomada”, que ao todo “ronda os 22 mil euros”. “todos os serviços prestados posteriormente pela epul serão cobrados nos termos do modelo de negócio que for aprovado”, explica, acrescentando que os trabalhos serão feitos por equipas – a definir – “de pequena dimensão, ágeis e flexíveis”
por fim, jorge alves ferreira deixa no ar a possibilidade de pôr em prática este tipo de projectos noutros países lusófonos, apesar de, neste momento, não estar nada previsto: “se esta experiência resultar em santa catarina, este modelo poderá ser concretizado em qualquer país lusófono”
Para poder comentar deves entrar na tua conta