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Cerca de 100 trabalhadores da Soares da Costa (SdC) realizaram esta sexta-feira (dia 15) na principal avenida do Porto uma manifestação a reivindicar salários em atraso desde março com cartazes em línguas estrangeiras para os turistas entenderem o protesto.

Travail sans salaire (Trabalho sem salário em francês)”. “Bienvenue au Portugal, nous nous battons pour nos salaires (Bem vindos a Portugal, estamos em luta pelos nossos salários em francês)”. “Welcome to Portugal, we are struggling for our wages (a mesma mensagem em inglês)”. Estas foram, segundo a Lusa, algumas das frases que se podiam ler nos cartazes

José Martins, da Comissão de Trabalhadores da SdC, disse que os trabalhadores decidiram ir para a frente da obra que a construtora “tem em curso para dar visibilidade pública da luta pelos ordenados em atraso que em Portugal vão de três a cinco meses” e que em Angola chegam a ser de oito meses. “É dramático, porque o desespero já começa a tomar conta de nós, porque não vemos qualquer tipo de resposta”, referiu.

O responsável adiantou que há trabalhadores que já meteram baixa psiquiátrica e outros que meteram baixa médica por nem sequer terem dinheiro para ir trabalhar. “Estamos a falar de muitos dramas pessoais de muitas famílias”, alertou.

Na terça-feira (dia 12), a Comissão de Trabalhadores da SdC foi recebida pelo adjunto do secretário de Estado do Emprego e da Economia e, posteriormente, os trabalhadores foram à sede da empresa em Lisboa e conseguiram falar com a administração. “Em termos resolutivos não trouxemos aquilo que acharíamos que era o justo, que era ter uma data final de algum pagamento”, lamentou José Martins.

Em dezembro do ano passado, a empresa anunciou um despedimento coletivo de 500 pessoas devido às “repercussões nefastas” para a empresa da crise e da “estagnação do mercado de construção” em Portugal e em Angola.

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