Comentários: 0

O imobiliário continua a ser uma carga para a banca nacional, ainda que de forma mais ligeira do que no ano passado. Os cinco maiores bancos a operar no mercado português fecharam o primeiro semestre com quase sete mil milhões de euros em imóveis no balanço, menos 6,55% do que no período homólogo. Juntos, têm atualmente cerca de 12.280 imóveis à venda nos seus sites. Do total, somente uma fatia de 28% são casas.

Estes valores, segundo escreve o Jornal de Negócios, não traduzem a recuperação que o setor imobiliário tem vivido nos últimos dois anos. O que justifica, então, estes valores elevados?

"Regista-se uma excessiva demora, provocada por questões judiciais, na tomada de posse de muitos imóveis. Os bancos estão, neste momento, a tomar posse de imóveis cujo processo de execução começou há três anos ou mais", analisa Ricardo Sousa, administrador da Century 21 Portugal, citado pelo diário.

O tipo de produto que hoje têm para oferecer também afeta uma recuperação mais rápida. "São, sobretudo, ativos não habitacionais de grande dimensão, como centros comerciais, terrenos industriais ou terrenos para construção, que, como tal, fazem com que o valor dos ativos em carteira seja mais elevado, até porque são mais difíceis de transacionar", explica o presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) ao mesmo jornal.

Do total de imóveis à venda pelos BIG 5 da banca nacional, mais de 70% são ativos não residenciais. Ou seja, quase três quartos dos imóveis não são casas e grande parte está "em zonas em que estou convencido que não voltarão a ter procura, a menos que haja uma alteração na sua utilização, poiso fim prévio a que se destinavam não deverá voltar a ter quem queira investir", adianta Luís Lima. 

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta

Publicidade