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Guia para agências imobiliárias - erros a evitar para escapar às queixas dos clientes
Photo by Austin Distel on Unsplash

Sejam geradas por negligência, desconhecimento ou uma ação intencional, nada pior para a imagem de um profissional, de uma marca ou de um setor do que as queixas dos clientes, sobretudo as fundamentadas. Dão dores de cabeça, levam à perda de tempo e dinheiro para tentar resolver o problema e, pior, comprometem negócios futuros. E o imobiliário não escapa à regra, registando-se recentemente uma vaga de reclamações contra o setor, que podem e devem ser evitadas. Muitas vezes de forma simples...

“Como em todas as profissões, existem bons e maus profissionais, e o imobiliário não é exceção. Infelizmente, há agentes que põem em causa a seriedade da profissão, algo que se torna mais notório num período em que as dinâmicas do mercado têm promovido o aumento dos profissionais a atuar neste ramo,” declara Luís Lima, presidente da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), citado pelo Dinheiro Vivo.

Para ajudar os profissionais a saber como é vista a atividade junto dos consumidores e poder atuar, corrigindo certas condutas ou práticas, o idealista/news fez uma compilação das principais queixas.

No caso da DECO, entre as 224 reclamações registadas nos primeiros quatro meses de 2019 destacavam-se:

  • Informação transmitida no momento da contratação
  • Pagamento da comissão (quando é devida ou não, por exemplo)
  • Incumprimento contratual
  • Problemas na marcação de visita
  • Publicitação do imóvel errónea 

Já no Portal da Queixa, entre 7 de junho de 2018 e 7 de maio de 2019, foram inseridas 160 reclamações contra agências imobiliárias, o que corresponde a uma subida de 20% em relação ao período homólogo, segundo dados revelados pelo DV.

  • Falhas nos compromissos assumidos
  • Falta de interesse na venda ou arrendamento, criando entraves à concretização dos negócios
  • Não devolução de sinal ou caução
  • Assédio a proprietários que querem vender e arrendar os seus imóveis de forma particular,
  • Imóveis postos à venda sem o consentimento dos proprietários,
  • Mediadores que vendem imóveis e ficam com o dinheiro da venda.

“Infelizmente assistimos a um total descontrolo por parte das entidades que regulam o setor, tendo em conta que apenas procuram agir de forma reativa em conformidade com as normativas legais e não salvaguardando proativamente os interesses dos consumidores, na sequência de práticas comerciais pouco transparentes,” explica Pedro Lourenço, CEO e fundador da plataforma online, ao mesmo jornal. 

Esta mesma falta de regulação do imobiliário foi, recentemente, apontada por Massimo Forte e Gonçalo Nascimento Rodrigues em entrevista ao idealista/news. Os especialistas consideram ser “inacreditável não haver um regulador na mediação imobiliária", defendendo que  "tem de se perceber quem está a comprar e quem está a vender", sendo que em Portugal, atualmente, "não existe um cadastro automático, que deveria ser público”, 

E recordam que a “mediação imobiliária não se cinge a intermediar transações”. Inerente ao processo de transação "existe um conjunto de prestação de serviços que vai muito além disso, e isso só se consegue com informação, conhecimento, formação, supervisão”, defendem.

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