A associação de agentes imobiliários dos EUA (NAR, na sigla em inlês) deve pagar 1,8 mil milhões de dólares (1,7 mil milhões de euros) por conspirar para inflacionar os preços das comissões de vendas de habitações, decidiu esta terça-feira (31 de outubro de 2023) um júri em Kansas City, no Estado do Missuri. A decisão pode mudar por completo a indústria imobiliária do país, uma vez que os queixosos pediram ao juiz que preside ao caso que altere as regras de compra e venda de casas.
O juiz pode inclusive aumentar a multa ordenada pelo júri federal até aos cinco mil milhões de dólares (cerca de 4,7 mil milhões de euros), segundo as leis antimonopólio, de acordo com o The Wall Street Journal.
NAR vai recorrer da decisão
A associação já anunciou, entretanto, que vai recorrer da decisão. De resto, a NAR enfrenta um caso muito maior no Estado do Illinois, cujo julgamento pode começar no próximo ano.
Os queixosos – um grupo de vendedores de casas de vários Estados – argumentaram que as comissões que deviam pagar aos agentes, segundo as regras da NAR, eram excessivas.
Isto porque estas regras impõem que os vendedores de uma casa tenham de pagar ao seu próprio agente e ao agente dos compradores, o que, segundo os queixosos, impede que tanto vendedores como compradores negoceiem taxas mais baixas.
A NAR, com sede em Chicago, é a maior associação comercial nos EUA.
Segundo o jornal The New York Times, tem ativos avaliados em mil milhões de dólares e registou a palavra ‘realtor’ (agente imobiliário), pelo que em grande parte dos EUA qualquer agente tem de lhe pagar quotas para fazer o seu trabalho.
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