
O investimento imobiliário comercial diminuiu ao longo de 2023 fruto do atual contexto incerto e de elevados juros. Mas, mesmo assim, Sonagi SGPS - a holding imobiliária da família Queiroz Pereira - continua a apostar em imóveis comerciais, na sua aquisição, remodelação e posterior arrendamento. Acontece que o saldo entre os seus investimentos imobiliários e as receitas geradas continuou a ser negativo em 2023. Em concreto, a Sonagi SGPS voltou a contabilizar prejuízos no ano passado, de 1,67 milhões de euros.
Em junho de 2023, a “Sonagi SGPS passa a deter, indiretamente, unicamente ativos imobiliários, deixando de ter participações em sociedades com uma atividade distinta da sua”, lê-se no relatório de fim de exercício publicado na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Quanto à gestão de ativos imobiliários a holding que tem como acionista de referência a Sodim, da família Queiroz Pereira, destaca a seguinte atividade em 2023:
- Edifício Jean Monnet 1 (Lisboa): nos pisos 0, 1, 2, 4, 5, 7, 8 e 9, adquiridos em dezembro de 2022, iniciaram-se “obras profundas de remodelação, com final previsto para o início do segundo semestre de 2024. Adicionalmente, foram adquiridas 3 frações na galeria comercial, contíguas às 2 lojas propriedade da Sonagi”, lê-se no documento;
- Edifício António Augusto Aguiar 122 (Lisboa): foi arrendado pela primeira vez no ano passado, “após as obras de remodelação, com um impacto muito significativo no volume de negócios de 2023”;
- Edifício Fontes Pereira de Melo 21 (Lisboa): o piso 8 que estava devoluto em outubro de 2022, foi arrendado em março de 2023. E o piso 9, devoluto em junho de 2023, foi arrendado em agosto seguinte, traduzindo-se num aumento de rendas destas frações.
A taxa de ocupação das restantes propriedades de investimento manteve-se inalterada em 2023, referem ainda. E para 2024 a Sonagi espera que “que os proveitos das rendas se mantenham estáveis”.
Em resultado da sua atividade e do contexto económico pouco favorável ao imobiliário comercial durante o ano passado, a Sonagi SGPS teve prejuízos de 1,67 milhões de euros em 2023. Mas ainda assim melhorou face a 2022, quando teve 31,2 milhões de prejuízos.
Para fazer face a estes resultados, o Conselho de Administração da Sonagi vai propor aos acionistas “que o resultado negativo, com que encerra o exercício de 1.667.635 euros (…) seja distribuído para resultados transitados”. E propõem ainda que “após a distribuição do resultado do exercício, a transferência de outras reservas e outras variações de capital próprio, no montante de 29.738.433 euros e 2.923.673 euros, respetivamente, para a conta de lucros retidos de exercícios anteriores, a fim de cobrir resultados transitados negativos”.
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