Entidade da Transparência em Aveiro ou Coimbra: Governo à procura de imóvel para arrendar
Gabinete de António Costa diz que Estado não tem nenhum edifício que possa servir de sede e, por isso, terá de recorrer ao arrendamento.

A Entidade para a Transparência, aprovada no Parlamento em 2019 com a missão de fiscalizar os rendimentos e património dos políticos, vai funcionar em Coimbra ou Aveiro - os dois locais preferenciais indicados pelo Tribunal Constitucional (TC). E o Governo está agora à procura de um espaço para arrendar, depois de considerar que nenhum dos imóveis da esfera do Estado vale para albergar a futura sede do organismo público. Os procedimentos estão em curso.
A informação é avançada pelo ECO, com base numa resposta dada pelo chefe de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, a um grupo de deputados do PSD que perguntaram ao Governo sobre o processo de atribuição de uma sede para a Entidade da Transparência.
O gabinete de António Costa explica que o Governo promoveu as “diligências necessárias para o efeito”, mas o resultado foi negativo: “A Direção-Geral do Tesouro e Finanças transmitiu ao Governo a inexistência de imóveis de domínio privado do Estado, localizados em Coimbra ou Aveiro, que possam satisfazer as necessidades de instalação da Entidade da Transparência“, escreve o jornal, citando a referida carta.
A lei que criou a Entidade para a Transparência prevê que a sede da Entidade da Transparência funcione “preferencialmente fora das Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto” e a indicação de Coimbra e Aveiro foi feita pelo TC, instituição dentro da qual funcionará a Entidade da Transparência, numa comunicação enviada ao Governo no início de 2020.
A escolha final sobre a sede deverá caber ao TC, dependendo das propostas de instalação que o Governo apresentar, segundo diz ainda o meio online. No Orçamento do Estado para 2021 (OE 2021) ficou previsto um reforço de 331 mil euros do orçamento do TC especificamente consignados à Entidade para a Transparência para passar do papel à realidade. A velocidade cruzeiro do organismo está prevista para 2022.
Governo diz não ter imóvel para a Entidade da Transparência e recorre ao arrendamento (Eco)