Concretizaram-se 13 operações para ocupação imediata em Lisboa, segundo a JLL. Porto segue a ritmo mais lento.
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Escritórios a recuperar: Lisboa arranca em "grande" na segunda metade do ano
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Depois do recorde batido no mês março, com 14 operações em Lisboa, o mês de julho volta a registar uma forte ocupação no mercado de escritórios: concretizaram-se 13 operações para ocupação imediata, num total de 13.377 metros quadrados (m2) ocupados, de acordo com o Office Flashpoint da JLL

A atividade no mês passado representa um crescimento de 125% face a junho e atingiu uma área média de 1030 m2por operação. Este último valor deve-se ao facto de três das operações corresponderem a áreas superiores a 1000 m2, a mais significativa a registar uma absorção de cerca de 7.000 m2 – tratou-se da ocupação da BI4ALL, uma empresa na área de Data Analytics e Inteligência Artificial, nos Olivais (zona 7), segundo a consultora. A zona 7 foi, por isso, a mais ativa no mês julho, com 58% da atividade mensal. Já no que respeita aos setores de atividade mais dinâmicos, TMT's & Utilities representou 78% do volume mensal.

Já o mercado de escritórios no Porto está a recuperar num ritmo mais lento. Registou-se uma quebra de 63% face ao mesmo período do ano passado, com 632 m2 absorvidos num total de 2 operações, de 125 m2 e 510 m2, nas zonas 1 (CBD Boavista) e 5 (Outros Porto), respetivamente, ambas para ocupação imediata. Neste mês, a zona 1 (CBD-Boavista) foi a mais ativa, com 80% do take-up, ao passo que o setor de Bens e de Consumo representou igualmente 80% do volume mensal absorvido.

Concretizaram-se 13 operações para ocupação imediata em Lisboa, segundo a JLL.
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“A performance positiva do mercado no início deste segundo semestre, com muitas operações para ocupação imediata, especialmente em Lisboa, vem demonstrar que as empresas se mantêm ativas na procura de espaços de novos e de qualidade”, comenta Mariana Rosa, Head of Leasing Markets Advisory da JLL.

Com a vacinação a avançar a um bom ritmo, acreditamos que muitas empresas ponderam regressar aos escritórios até ao final do ano, num regime essencialmente híbrido, pelo que acreditamos que a atividade do mercado vai aumentar nos próximos meses. Assistiremos também a cada vez mais projetos de transformação de espaços de escritórios, devido às novas necessidades que surgiram com a pandemia, com muitas empresas a colocarem o bem-estar dos colaboradores em primeiro lugar”, acrescenta a responsável.

Ocupação está a aumentar, mas ainda fica atrás de 2020

Em termos acumulados, no período de janeiro a julho de 2021, o mercado de escritórios de Lisboa soma cerca de 68.703 m2 de ocupação, um volume que fica apenas 19% abaixo do mesmo período de 2020. No Porto, o take-up em 2021 ascende a 13.690 m2, numa redução de 55% face a 2020. De qualquer forma, em ambos os mercados as quedas registadas no final de julho desagravam face a junho, quando o acumulado do ano apresentava reduções de 34% em Lisboa e de 66% no Porto.

Entre janeiro e julho, registaram-se 67 operações de tomada de espaço de escritórios em Lisboa, traduzindo uma área média em torno dos 1.025 m2. Neste período, a zona 5 (Parque das Nações) foi a mais dinâmica (31% do take-up) e as empresas de TMT’s & Utilities foram o principal motor da procura, representando quase metade da absorção anual (47%).

No Porto, o acumulado anual regista 27 operações, com uma área média de cerca de 507 m2, sendo a atividade igualmente liderada pelas empresas de TMT’s & Utilities (31%) e principalmente concentrada na zona 1 (CBD-Boavista). De referir que a compressão anual da atividade mais acentuada no Porto é justificada pela realização de grandes operações na região em 2020.

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