Consultora imobiliária JLL considera que 2022 pode vir a ser “o melhor ano de sempre no setor em Portugal”.
Comentários: 0
Segmento de escritórios está a retomar em força em Portugal
JLL

“Apesar da conjuntura económica mais desafiante, as empresas estão a regressar em força aos escritórios e a procura de áreas grandes continua a ser um dos principais requisitos”. Quem o diz é Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL. A consultora imobiliária considera, de resto, que 2022 está a revelar-se um ano ímpar para o mercado de escritórios a nível nacional, podendo este vir a ser “o melhor ano de sempre no setor em Portugal”. 

De acordo com a JLL, Lisboa encerrou o primeiro semestre com uma média de 1.600 metros quadrados (m2) tomados por cada transação, um valor nunca antes visto. “Em termos acumulados, a primeira metade do ano encerra com nota muito positiva tanto em Lisboa como no Porto”, refere a consultora em comunicado. 

“Na capital, o take-up deste período ascende já a 168.000 m2, superando as absorções anuais quer de 2020 quer de 2021 e estando a mais de 85% da atividade anual de 2019. Nestes seis meses, o mercado de Lisboa contabilizou 104 operações com uma área média de 1.615 m2, sendo o Parque das Nações a zona mais procurada (30% da absorção), embora seguida de perto pela Nova Zona de Escritórios (24% do take-up). Em termos de procura, foram as empresas de “Serviços Financeiros” as líderes, com 47% do take-up”, lê-se na nota.

No que diz respeito ao Porto, a JLL adianta que a atividade semestral ascende a 30.000 m2, num total de 35 operações com uma área média de 865 m2. “Neste caso, tal atividade apresenta um forte crescimento face aos níveis do primeiro semestre de qualquer um dos últimos três anos. Em particular comparativamente com o mesmo período de 2021, o crescimento foi de mais de 100%. O Central Business District (CBD) - Baixa atraiu o maior volume de ocupação (38%), sendo as empresas de “TMT’s & Utilities” as mais dinâmicas a ocupar escritórios no Porto nestes seis meses (50%)”, conclui. 

Sofia Tavares mostra-se otimista com a retoma do segmento de escritórios, salientando que muitas das operações são relativas a áreas grandes, superiores a 1.000 m2. “Acreditamos que este tipo de procura vai continuar a dinamizar bastante o mercado e a gerar muitos pré-arrendamentos”.

Ver comentários (0) / Comentar

Para poder comentar deves entrar na tua conta