Resiliência é palavra de ordem no segmento de escritórios em Portugal. A par com dinamismo e sustentabilidade. Os dados mais recentes da consultora Worx mostram isso mesmo: o volume de absorção no primeiro semestre do ano é elevado, a procura por parte das empresas mantém-se intensa, nomeadamente por espaços de grande dimensão, e os proprietários dos imóveis têm a mira apontada à sustentabilidade e à eficiência energética, que são cada vez mais uma prioridade para os potenciais arrendatários.
Segundo a consultora, o volume de absorção de espaços de escritórios na Grande Lisboa nos primeiros seis meses do ano supera os 168.300 metros quadrados (m2), tendo sido realizadas 105 operações. “Estes níveis de procura efetivada mais que quadruplicaram face ao período homólogo e já ultrapassam os valores registados no final do ano 2021, de 161.600 m2”, refere a empresa em comunicado.
“Estes números são influenciados por algumas grandes operações, em parte de ocupação própria e outras contratualizadas, mas cujas ocupações apenas se realizarão no futuro, como no caso de novas sedes e edifícios que ainda não foram concluídos. (…) Os principais projetos em pipeline, inclusivamente os especulativos, continuam a avançar com grande urgência para dar resposta a uma procura forte e crescente, sobretudo nas localizações mais centrais da cidade”, lê-se na nota.
Sustentabilidade na ordem do dia
A Worx considera que uma das tendências que está a marcar o segmento de escritórios e que tem vindo a ganhar cada vez mais destaque está relacionada com o tema da sustentabilidade. “O setor já representa 56% das certificações LEED aprovadas e 14% das certificações BREEAM concedidas, não havendo ainda edifícios com certificação WELL”, revela, salientando que os proprietários de edifícios de escritórios estão a apostar em força na obtenção das principais certificações de sustentabilidade desde o início dos projetos.
“Considerando o atraso que existe no mercado português face ao contexto europeu, é muito relevante que as certificações sejam agora vistas como algo imperativo e não apenas como um extra nos edifícios de escritórios, dado que há empresas multinacionais que praticamente já só olham para edifícios certificados”, conclui a Worx.
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