as ordens dos engenheiros e dos arquitectos dizem estar perplexas com as tabelas de preços do governo para pagar aos seus associados convidados a avaliar o património imobiliário português até ao final do ano: cinco euros por cada andar avaliado. sublinhe-se que a direcção-geral das contribuições comprometeu-se a avaliar 5,2 milhões de casas até ao final do ano, tendo 500 técnicos a trabalhar diariamente junto das várias repartições das finanças, mas, ainda assim, é necessária mais ajuda para cumprir os objectivos exigidos pelo “troika”
segundo o jornal i, estão a ser feitas 17 mil avaliações por dia, havendo muitos imóveis com vários andares, sendo que por cada andar os engenheiros e os arquitectos vão receber cinco euros. as duas ordens já sabiam que o preço pago este ano seria inferior aos 16 euros de 2009, que já tinha sido reduzido 10% em 2011. mas agora o corte foi ainda maior: 36,8%. “fizemos um trabalho de avaliação e a escolha dos técnicos muito cuidadoso, tendo em conta as suas capacitações profissionais e o tempo de inscrição na ordem. agora vão ganhar menos que uma empregada doméstica”, lamentou carlos matias ramos, bastonário da ordem dos engenheiros
o responsável adiantou que cada perito avaliador irá decidir se aceita ou não as condições de remuneração do trabalho, mas considerou que esta situação pode “contribuir para a descredibilização” do processo e “originar reclamações em quantidade descontrolada, que conduzirão a segundas avaliações, com os inerentes encargos adicionais para o estado e para os particulares”. “o barato sai caro”, alertou, citado pelo jornal i
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