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o ministro da educação, nuno crato, revelou que a inspecção à universidade lusófona identificou 398 casos que levantaram questões sobre licenciaturas. em entrevista à sic notícias, o governante disse ser sua “convicção que [a licenciatura de miguel relvas] não é válida”, mas adiantou que caberá ao tribunal decidir. em causa está o pedido de demissão apresentado pelo ministro adjunto dos assuntos parlamentares e aceite pelo primeiro-ministro pedro passos coelho. ao fim de 22 meses em funções, miguel relvas abandonou o governo, alegando que não tem “condições anímicas para continuar”

de acordo com nuno crato, “não houve nenhum diálogo sobre” o caso da licenciatura de miguel relvas com o ministro demissionário. “informei o primeiro-ministro há alguns dias de que isto ia seguir para tribunal e que só estava a olhar para os aspectos formais do problema, mas que já tinha formado a minha convicção”, indicou o ministro da educação, salientando que não está em causa qualquer crime e que passos coelho “tem dado o exemplo de imparcialidade”

nuno crato adiantou que as instruções do primeiro-ministro foram “cumpra a lei”. “se houver fundamento da inspecção, é isso que tem de fazer”, contou o ministro da educação, salientando que assinou o despacho sobre a investigação à licenciatura de miguel relvas no mesmo dia em que o parlamento discutiu a moção de censura do ps (quarta-feira). um puro “acaso”

sobre a possibilidade de miguel relvas perder a licenciatura, nuno crato explicou que se trata de uma responsabilidade da universidade lusófona e não do ministério. “será decidido pelo tribunal administrativo de lisboa ou pelo ministério público", adiantou, mostrando-se convicto de que a licenciatura de relvas “não é válida”. “em geral, sou contra o abuso do processo de creditações por experiência profissional (...). há tendência para haver abusos e estamos convencidos que este foi um dos casos”, sublinhou

o adeus de miguel relvas 

o ministro demissionário demorou pouco mais de nove minutos a ler o seu discurso de despedida, optando, no final, por não responder às perguntas dos jornalistas. “inicio agora uma nova etapa da minha vida fora da actividade governativa, mas continuo a participar e, mais que tudo, a acreditar na validade e no acerto do projecto político liderado por pedro passos coelho, que me orgulho de ter integrado desde a primeira hora”, referiu, alegando que sai “por vontade própria”. “é uma decisão tomada há várias semanas conjuntamente com o primeiro-ministro. saio apenas só por entender que já não tenho condições anímicas para continuar. saio como entrei, com a mesma convicção com que iniciei este caminho, com a mesma convicção no acerto do projecto que este governo tem levado a cabo, com a mesma convicção de que pedro passos coelho é o líder de que o país necessita nesta época de tormentas e dificuldades”, explicou

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