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A nova lei dos solos, que prevê o desaparecimento da classificação de solos urbanizáveis, pode aumentar a especulação do preço dos solos. O alerta é dado pela Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI).

Na sua intervenção durante a conferência "Habitação, Arrendamento e Propriedade Urbana, que decorreu em Lisboa na sexta-feira passada, o presidente da CPCI, Manuel Reis Campos, considerou que a existência apenas de solos urbanos e rurais, imposta no novo diploma, pode “significar que a limitação da especulação pode ser posta em causa”.

Para o responsável, citado pela Lusa, a lei restringe a quantidade de solo para construção, além de apertar as condições para a classificação em solo urbano, pelo que “os preços podem aumentar”, além de existir uma “subversão na igualdade entre proprietários”.

Ao acabar com os solos urbanizáveis, podem estar a ser postos em causa “direitos adquiridos”.

“O direito construtivo é um direito real e reconhecido no momento da aquisição”, argumentou aquele responsável, caracterizando afirmações em sentido contrário como “simplistas” e com “desconhecimento da dinâmica económica”.

Ao apresentar dados acerca da diminuição nas licenças para reabilitação, Manuel Reis Campos disse que a “urbanização não se impõe, mas possibilita-se” e que devem avançar as linhas de crédito mais favoráveis que constam de um compromisso assumido pelo Governo com o setor da construção e imobiliário.

O mesmo dirigente assegurou, ainda, que o “problema da habitação social existe” e enumerou a existência de uma casa de habitação social para cada 16 portugueses em risco de pobreza e 468 mil famílias com duas ou mais assoalhadas em falta.

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