
O presidente da Confederação Portuguesa da Construção e do Imobiliário (CPCI), Reis Campos, disse estar satisfeito com as verbas que o programa da reabilitação urbana poderá ter, mas mostrou-se “apreensivo” com a possibilidade de serem estabelecidos limites às rendas das casas a reabilitar.
Segundo o responsável, os mais de dois milhões de euros que podem ser investidos no setor permitem “alicerçar um programa para desbloquear a reabilitação urbana”. “[É positivo que] o futuro programa de apoio financeiro à reabilitação seja mais abrangente do que o anterior, uma vez que não limita o destino a dar aos prédios reabilitados, que podem agora destinar-se a habitação, comércio ou serviços”, referiu, citado pelo Público.
O líder da CPCI mostrou-se preocupado, no entanto, com uma orientação deixada pelo Governo, que se refere a eventuais limites às rendas. A mesma define que o programa deve contribuir para “a dinamização do mercado de arrendamento e da oferta de casas com rendas acessíveis, promovendo a diversidade etária e social da população residente nos centros urbanos”. Para Reis Campos, não faz sentido fixar limites para as rendas a praticar em imóveis reabilitados com apoios financeiros do programa. Se essas limitações forem introduzidas isso vai desincentivar muitos proprietários a reabilitarem os seus imóveis. “Quanto maior for a oferta de arrendamento maior será o ajustamento nas renda”, defendeu.
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