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Vistos gold: fiscalização mais apertada aguarda luz verde do Governo
GTRES

O Manual de Procedimentos pedido a 19 de janeiro ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) pela ministra da Administração Interna Anabela Rodrigues, na sequência de graves falhas apontadas por uma auditoria da Inspeção-Geral da Administração Interna ao atual modelo de atribuição dos vistos, já foi entregue à governante. Será agora analisado para ser homologado em breve.  

Segundo o Jornal de Notícias, que cita uma fonte do ministério da Administração Interna, “as linhas gerais do manual de procedimentos compreenderão as recomendações feitas no âmbito da auditoria efetuada pela IGAI”. Prevê-se, por isso, que o manual redefina todo o processo de atribuição dos vistos: irá estabelecer apertados modos internos de controlo na direção nacional do SEF e definirá quem recebe os pedidos das autorizações, quem vai analisar as provas e de que forma os processos irão tramitar internamente naquele serviço, em termos de instrução.  

Ao contrário do que acontecia até agora, de acordo com a auditoria da IGAI, o novo manual também estabelecerá questões de pedidos de reagrupamento familiar e de aquisição de imóveis, que estiveram no centro do escândalo do caso de corrupção da atribuição dos vistos gold, conhecido como “Operação Labirinto” – levou à detenção de 11 pessoas, entre eles o ex-diretor do SEF, Manuel Jarmela Palos. 

“As alterações ao regime de atribuição de ARI [como são conhecidos os vistos gold] contemplarão um alargamento a outras áreas de atividade que determinem a elegibilidade da concessão”, adiantou a mesma fonte, sem exemplificar, no entanto, quais serão essas áreas de atividade.  

António Costa quer Estado a gerir fundos dos vistos 

Entretanto, António Costa quer que os investimentos feitos por estrangeiros para terem direito aos vistos gold sejam canalizados para um fundo de capitalização de empresas endividadas, gerido por uma entidade pública.  

Até à data, os empresários que pedem vistos dourados (como também são conhecidos) têm investido diretamente nas empresas ou em imobiliário, situação que o líder socialista quer ver alterada, defendendo que deve ser uma entidade pública, como por exemplo o IAPMEI, a decidir quais as empresas endividadas em que o fundo de capitalização deve apostar.  

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