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Os três edifícios considerados um dos “mais elegantes conjuntos habitacionais” da Lisboa do início do século XX, com os números 86 a 96 da Avenida Duque de Loulé, estão há cerca de um mês reduzidos a pouco mais que as fachadas. Isto porque o interior foi demolido por ordem da câmara.

Segundo o Público, o projeto aprovado em 2009 obrigava à manutenção e recuperação do miolo dos edifícios, mas já em maio de 2012 a fiscalização camarária dera conta de que tinham sido ilegalmente demolidas algumas paredes, antes de as obras serem interrompidas no final de 2011.  

Em março de 2013, boa parte dos telhados foi retirada e o conjunto estava abandonado e em degradação acelerada e agora, nos primeiros meses do ano, a quase totalidade do que restava entre fachadas foi abaixo.  

A autarquia, questionada pela publicação, respondeu que “a 30 de janeiro de 2014 os proprietários foram intimados à demolição dos edifícios por existir a possibilidade iminente de colapso de paredes”. De acordo com os serviços de Urbanismo da autarquia, “os trabalhos em execução, devidamente autorizados, limitam-se ao estritamente necessário para assegurar as condições de segurança estrutural dos edifícios, nomeadamente a retirada de todas as estruturas e elementos que derrocaram e o reforço das estruturas que resistiram, não correspondendo à demolição integral dos mesmos”.

Adquirido pelo Grupo Espírito Santo (GES) no final de 2012, o conjunto passou logo a seguir para a Coporgest, participada em 25% pelo GES. Recentemente foi comprado pela Imopatrimónio, uma empresa com sede no mesmo local que a Coporgest e dirigida pelas mesmas pessoas.  

De acordo com a câmara, está agora aprovada para o local a construção de 97 frações habitacionais e três comerciais, “mantendo-se a volumetria licenciada e a recuperação da totalidade do existente”. 

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