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Construção: Sindicato quer que trabalhadores com 50 anos de descontos se possam reformar aos 62 anos
GTRES

O Sindicato da Construção de Portugal (SCP) quer que os trabalhadores do setor com 50 ou mais anos de descontos possam reformar-se aos 62 anos “sem qualquer penalização”, dada a exigência física da atividade. O presidente do sindicato, Albano Ribeiro, vai apresentar uma proposta neste sentido na audiência que tem agendada para hoje (dia 27) como o ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, José António Vieira da Silva.

“Há centenas de trabalhadores [do setor] que começaram a trabalhar aos 12 anos e têm uma carreira contributiva de mais de 50 anos de descontos que estão a morrer, debilitados, antes da idade de reforma”, numa situação que “não é humana”, disse Albano Ribeiro, em declarações à Lusa.

Segundo o responsável, “os trabalhadores da construção, por problemas músculo esqueléticos, não têm condições físicas a partir de determinada idade para estarem a trabalhar enquanto os trabalhadores das pedreiras, além da surdez e semi-surdez, são afetados pelo problema da silicose”, devido à reiterada inalação de poeira de grãos siliciosos.

No que diz respeito aos trabalhadores da construção que emigraram, nomeadamente para Angola, o presidente do SCP revelou que muitos estão agora a viver uma “situação muito grave” e “ainda pior” do que quando emigraram: “[Muitos estão] a ser despedidos por email”, contou.

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