
A Assembleia Municipal de Lisboa (AML) aprovou esta quarta-feira (dia 10), por unanimidade, 34 recomendações à Câmara sobre o projeto de requalificação da Segunda Circular. Entre as medidas que tiveram luz verde constam a introdução de um “limite de velocidade bi-horário” e a substituição das árvores previstas por arbustos. Caberá agora às comissões municipais de Urbanismo, Ambiente e Mobilidade apreciar este relatório.
Segundo a TVI24, no início deste mês, a AML promoveu um debate com especialistas em mobilidade, ambiente e aviação sobre o projeto da autarquia para requalificação da Segunda Circular. Dessa sessão, resultou um relatório final elaborado pela presidente da AML, Helena Roseta, e pelo deputado centrista Diogo Moura (como proponente), no qual são feitas à Câmara algumas recomendações.
Uma delas passa pela definição de “um limite de velocidade bi-horário, durante o dia mais reduzido e à noite mais alargado”, e outra diz respeito ao separador central: os deputados aconselham a autarquia a “manter o separador central com ‘rails’ e com arbustos, em vez de árvores de folha caduca ou com bagas que tornam o piso mais perigoso, de modo a proteger o trânsito, garantindo um sistema de retenção de veículos, e a desincentivar ao mesmo tempo o atravessamento de peões”.
Recomenda-se também que a autarquia possa “prever uma sinalização dinâmica e um controlo de velocidade consoante os volumes de tráfego e em vários pontos, e não apenas em três pontos nos 10 quilómetros de extensão da Segunda Circular”.
Os deputados consideram que a autarquia “deve programar bem a obra e assegurar as condições de segurança durante a sua execução, designadamente ao nível das sinalizações”, e ainda “desenvolver uma campanha de sensibilização” para informar sobre as vias alternativas.
Caberá agora às comissões municipais de Urbanismo, Ambiente e Mobilidade apreciar este relatório e realizar um novo parecer sobre o projeto, que voltará depois a plenário.
“É uma obra prioritária e deve avançar”
Fernando Medina, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, considerou que o debate em torno da requalificação da Segunda Circular foi “útil” por diferentes razões, sendo a primeira o “reforço da prioridade e importância da obra”. “Hoje, é mais consensual que esta é uma obra prioritária e que deve avançar”, disse, citado pela estação de televisão.
Segundo Medina, está em causa “a segurança dos automobilistas”, a “melhoria das condições de vida de quem vive junto da Segunda Circular” e também a “melhoria geral da cidade”.
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