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Comprar uma casa para arrendar ou investir num PPR, o que é mais rentável?
GTRES

Investir no setor imobiliário para arrendar ou num Plano Poupança-Reforma (PPR)? O que é, afinal mais rentável? Esta é uma pergunta de resposta difícil, sendo que a grande conclusão a reter é a de que nenhum dos investimentos se destaca em relação ao outro. Ou seja, convém analisar bem cada um dos casos.

Em causa estão contas realizadas pelo Jornal Económico com a ajuda da plataforma gratuita de simulação de produtos financeiros ComparaJá.pt. O exemplo dado é o de uma pessoa que quer rentabilizar os 50.000 euros que recebeu de herança.

Hipótese comprar para arrendar

Se optar por comprar uma segunda casa em Lisboa para remodelar e arrendar, terá de pedir um empréstimo ao banco para completar o valor e fazer obras de requalificação – é necessário pedir um crédito à habitação com finalidade de arrendamento.

Além do valor de entrada, é preciso pagar as despesas associadas ao registo predial: a escritura em ato notarial, que ronda os 615 euros, e o custo da caderneta predial, que variar entre 150 e 250 euros.

Depois há tributação sobre os bens imóveis. Desde logo, os impostos sobre as rendas recebidas – uma percentagem anual fixa de 28% sobre todo o rendimento que obtiver (as despesas de manutenção e conservação podem ser deduzidas no IRS). E há ainda o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), pago anualmente e que em Lisboa corresponde a uma taxa de 0,30%.

Na aquisição da habitação, é preciso pagar também o Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) – numa casa que custe entre 92.407 e 126.403 euros, a taxa marginal é de 2% – e o Imposto do Selo, que será de 0,8% sobre o valor do imóvel mais 0,6% sobre o valor da hipoteca.

Ou seja, para comprar um apartamento de 100.000 euros, e pedindo um crédito à habitação para arrendamento com taxa fixa a 20 anos dando 40.000 euros de entrada – os 10.000 que sobram da herança são gastos em obras e os referidos custos adicionais –, é necessário um investimento de 110.000 euros nesta casa para arrendar.

Após o pagamento de todas as despesas, assim como a poupança para fazer face aos custos de ter a casa desocupada durante um mês por cada ano, a pessoa fica com um lucro mensal de 1,50 euros. Contando com uma inflação de 1% ao ano, o apartamento, no valor de 110.000 euros, valerá ao fim de 20 anos 134.550 euros. Tendo em conta que está sitiado na capital, será um ativo que se valorizará.

Hipótese PPR

No caso de um PPR, aplicando os mesmos 50.000 euros, haverá uma rentabilidade líquida de 4,5% ao ano. No final do prazo (20 anos) terá amealhado 120.586 euros.

Conclusões

Com a casa, a pessoa pode ganhar 7.700 euros em rendas por ano, mas feitas as contas, com o pagamento de todas as despesas e contando com os meses em que a casa não está ocupada, o lucro ronda os 330 euros até ao final do prazo do crédito à habitação. Já com um PPR não se têm metade das complicações e no final do período o ganho ronda os 120.586 euros.

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1 Comentários:

Isabel Reinhards
30 Novembro 2016, 15:06

As contas em relação à comparação entre um PPR e uma casa para alugar estão mal feitas porque se esqueceram da valorização do imóvel. Eu nunca me meteria num PPR - não confio - mas em imobiliário sim e tem corrido muito bem...

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