Habitação no centro das preocupações das juventudes partidárias

A habitação, o equilíbrio entre vida profissional e pessoal e o apoio financeiro aos jovens foram alguns dos temas centrais apontados pelas juventudes partidárias em Portugal, a propósito do Dia Internacional da Juventude, celebrado esta terça-feira, dia 12 de agosto. 

Estruturas como a Juventude Socialista, o Bloco de Esquerda, a Iniciativa Liberal e o Juntos Pelo Povo concentram-se na necessidade de criar soluções para a crise habitacional que afeta particularmente os mais novos.

Segundo o Jornal Público, a Juventude Socialista defende um aumento significativo da oferta pública de habitação, propondo um programa capaz de fazer crescer o parque público para 10% das habitações, assegurando rendas justas e casas energeticamente eficientes. 

Para a Iniciativa Liberal, a resposta passa pela construção em larga escala e pela liberalização do arrendamento, enquanto o JPP sugere um programa de construção e reabilitação com arrendamento a custos controlados e possibilidade de aquisição apoiada. Já o BE defende a implementação de um teto às rendas, alertando para a pressão nos centros urbanos e o impacto na continuidade dos estudos superiores.

Outras estruturas juvenis apontam soluções complementares ao problema da habitação. A Juventude Social-Democrata propõe a semana de quatro dias de trabalho como forma de conciliar a vida profissional, académica e pessoal, uma medida que, na visão do partido, oferece flexibilidade valorizada pelas gerações mais jovens. O Livre, por seu turno, propõe uma “Herança Social” para todos os jovens nascidos em Portugal, um apoio financeiro médio de cinco mil euros que poderá ser utilizado para educação, habitação ou empreendedorismo.

A Juventude do PAN destaca a importância dos transportes públicos, defendendo a extensão da gratuitidade dos passes até aos 30 anos. Rodrigo Andrade sublinha que esta medida visa não só um alívio financeiro para os jovens, mas também incentivar deslocações ambientalmente mais sustentáveis. Por sua vez, o PCP coloca a educação pública, gratuita e de qualidade no centro das suas propostas, considerando esta medida essencial para enfrentar problemas estruturais como a precariedade laboral, os baixos salários e o acesso limitado a cultura, desporto e saúde mental.

Com o Dia Internacional da Juventude, estes debates ganham ainda mais relevância, abrindo espaço para que soluções concretas sejam debatidas e, eventualmente, implementadas. Lê-se na publicação que a pressão sobre políticas públicas para responder às necessidades dos jovens mantém-se, evidenciando que as escolhas feitas hoje terão impacto direto na capacidade das gerações mais novas de viver e prosperar em Portugal.