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Vendem-se 20 casas de luxo por dia
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Em 2016, foram vendidas 7.489 casas de luxo e alto luxo em Portugal (a partir dos 400.000 euros), o que dá uma média de 20 por dia. O segmento esteve na origem de cerca de 6% do total (120 mil) de imóveis transacionados.

Em causa estão números avançados pela Sotheby’s Portugal, empresa especializada neste segmento de luxo, a partir de dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). “Este crescimento global do setor verificado em 2016 manter-se-á, na nossa perspetiva, constante este ano, prevendo-se no mínimo um crescimento entre 15 a 20%”, disse Gustavo Soares, CEO da Sotheby’s, citado pelo Expresso.

Segundo o responsável, o mercado de luxo é dominado pelos estrangeiros – na Sotheby’s absorvem cerca de 80 a 90% da faturação –, mas os bancos estão mais disponíveis para emprestar, pelo que “começam a surgir mais compradores nacionais para este segmento”. “O outro fator que irá contribuir para o incremento das vendas é a exposição cada vez maior de Portugal no circuito internacional, e havendo mais turismo, haverá mais atividade imobiliária”, referiu.

De referir que o preço médio de venda de uma propriedade de luxo neste mercado ronda os 620.000 euros, sendo que no caso da Sotheby’s o valor é ainda superior: 762.000 euros.

As zonas mais procuradas são Lisboa, a linha de Cascais, Sintra e Algarve (sobretudo Vilamoura, Quinta do Lago e Vale do Lobo), que representaram 50% das transações de luxo realizadas no país. Os restantes 50% estão dispersos pelo Grande Porto (9% das transações), Alentejo, Madeira e região Oeste. O Douro “ainda não ganhou a relevância, ao nível do luxo, que seria de esperar de um local absolutamente único e considerado património mundial da UNESCO”, revelou a Sotheby’s.

Cenário diferente verifica-se na Madeira, que está a atrair clientes inesperados. “O segmento de luxo também aqui é maioritariamente dominado por estrangeiros. Além dos tradicionais ingleses, há uma comunidade crescente de russos, alguns com uma ligação já longa à Madeira, e também clientes da África do Sul e da Venezuela, essencialmente emigrantes ou seus descendentes, que começam a regressar a Portugal”, explicou Gustavo Soares.

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