Para responder às necessidades de falta de habitação existente na capital, a Câmara Municipal de Lisboa (CML) criou os programas Renda Acessível e Renda Convencionada – o primeiro ainda não arrancou e o segundo, em três anos, ainda só atribuiu, por concurso, 207 habitações, às quais concorreram 4.768 candidatos.
A última edição do programa Renda Convencionada (a 13ª) foi lançada recentemente e está a decorrer até dia 14 de março. Segundo a vereadora da Habitação Social, Paula Marques, já há mais de mil candidatos, sendo que em concurso estão apenas dez casas. Segundo o Correio da Manhã, quando estiver concluído, o balanço de três anos de programa são 217 casas, o que dá uma média de seis por mês.
De acordo com a publicação, na 7ª edição do programa Renda Convencionada, por exemplo, a CML levou a concurso 12 habitações às quais concorreram 210 candidatos. Na 8ª edição foram 13 habitações para 339 candidatos e na 12ª edição já havia 21 casas para 1.212 candidatos. Agora, na 13º edição, há dez casas a concurso, de T1 a T3, com valores de renda entre os 116 e os 474 euros por mês. A autarquia prevê a abertura de uma nova bolsa de casas (a 14ª edição) já em abril.
O CDS e o BE criticam a lentidão da resposta da CML às necessidades de habitação, mas Paula Marques sublinha que a autarquia “tem aumentado a escala de resposta” e lembrou que os imóveis têm de ser reabilitados antes de irem a concurso, sendo que nos últimos dois anos, a CML “tem tido maior capacidade de reabilitação”.
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