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IMI: Proprietários contra avaliação de imóveis pelas Câmaras
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A Associação Lisbonense de Proprietários (ALP) opõe-se à intenção de transferir as competências da Autoridade Tributária (AT) para as câmaras municipais em matéria de avaliação de imóveis para efeitos de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI). Em causa está uma proposta de lei do Governo relativa à descentralização de competências para os municípios que chegou ao Parlamento dia 1 de março e que será discutida no próximo dia 16.

Segundo os proprietários, esta alteração ao código do IMI irá traduzir-se “num novo aumento da carga fiscal sobre o património imobiliário”, isto “depois da cobrança de IMI já ter disparado duas vezes e meia entre 2002 e 2015, ou 41% em apenas cinco anos (de 1.088 milhões de euros de 2010 para 1.533 milhões em 2015)”.

Em comunicado, a ALP considera que “o património habitacional tem sido o alvo preferencial de toda a política de saque fiscal do Governo e das forças políticas de esquerda que o sustentam”.

Primeiro, refere o documento, “aumentaram-se os coeficientes de localização dos imóveis para efeitos de cálculo do IMI, depois o Governo tentou taxar o sol e as vistas em sede do mesmo imposto”. “Como não conseguiu, enfrentando a forte oposição de toda a opinião pública, introduziu uma sobretaxa de IMI (o AIMI) da qual isentou o comércio e o lóbi dos grandes grupos económicos, tendo para isso triplicado para os proprietários urbanos particulares a taxa de 0,3% que tinha apresentado inicialmente na proposta de orçamento para uma taxa adicional que pode variar entre os 0,7% e 1%”, critica a ALP.

A entidade lembra que mais de 75% dos portugueses são proprietários e adianta que “vai bater-se nas instituições próprias contra esta delegação de competências”.

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