A candidata do CDS à Câmara Municipal de Lisboa (CML) quer aproveitar os terrenos da antiga Feira Popular, em Entrecampos, para construir, com privados, casas para colocar no mercado de arrendamento. Em vez de os vender, Assunção Cristas propõe a construção de pelo menos mil fogos, de T0 a T4, com rendas que variam entre 500 e 1.350 euros.
A ideia é rentabilizar os terrenos, que a autarquia avaliou em 135 milhões de euros – e que tentou vender duas vezes em hasta pública –, através das rendas, que serão partilhadas com os privados que os construírem.
“O terreno da antiga Feira Popular é o maior e melhor ativo imobiliário da CML e deve ter um fim eminentemente habitacional, preservando, naturalmente, os espaços verdes”, disse Assunção Cristas, citada pelo Jornal de Negócios. “Fizemos as contas e este terreno permite atrair ou fixar mais de mil famílias [em imóveis] exclusivamente para arrendamento” e a “preços competitivos”, acrescentou.
A candidata do CDS à CML adiantou que o modelo de negócio ainda está a ser trabalhado e que a ideia é convocar “os privados” para procederem à construção dos imóveis e limitar as rendas a valores entre os 500 euros, para um T0, e os 1.350 euros, para um T4. Segundo a ex-ministra, é um valor “francamente competitivo”, já que se trata de uma “zona nobre da cidade” e “bem servida de transportes”.
Venda do terreno da antiga Feira Popular à espera de “momento oportuno”
Depois de duas tentativas de venda falhadas por 135,5 milhões de euros, o terreno da antiga Feira Popular de Lisboa, em Entrecampos, só voltará a ser colocado em hasta pública quando a Câmara Municipal de Lisboa (CML) considerar que é um "momento oportuno". Na decisão do município vão pesar as condições do mercado imobiliário e a disponibilidade dos investidores, bem como o contexto político.
Lisboa: Terreno da antiga Feira Popular será usado como estaleiro de obra
O terreno da antiga Feira Popular de Lisboa, em Entrecampos, vai ser utilizado durante nove meses como estaleiro das obras de requalificação do denominado eixo central da cidade (entre Picoas e Saldanha, na Avenida Fontes Pereira de Melo). Trata-se de um projeto que é contestado pelo CDS-PP.
Feira Popular de Lisboa: terrenos não vão ser vendidos "a qualquer custo", garante a CML
“Queremos vender os terrenos da antiga Feira Popular, queremos alienar os terrenos, queremos urbanizar aquela área e sarar aquela ferida no centro da cidade, mas não queremos fazê-lo, nem o faremos a todo o custo”. A frase é do presidente da Câmara de Lisboa e resume a posição da autarquia sobre este atribulado processo. Fernando Medina garante, desta forma, ser “totalmente imune a todas as pressões e a opiniões de privados”.
Câmara de Lisboa voltou a não receber propostas pela venda dos terrenos da antiga Feira Popular
A venda dos terrenos da antiga Feira Popular de Lisboa, em Entrecampos, parece estar enguiçada. Depois de não ter havido interessados na primeira hasta pública – o prazo fixado pela Câmara de Lisboa terminou dia 19 de outubro e a autarquia não recebeu propostas –, foi definido um novo prazo para entrega de candidaturas, dia 2 de dezembro. Mas a autarquia voltou a não receber propostas.
IRS 2024: trabalhadores só podem deduzir rendas da morada fiscal
Na declaração anual de IRS, os contribuintes podem colocar os encargos com imóveis num campo específico, com deduções previstas até 502 euros. Mas as rendas das casas dedutíveis em IRS têm de dizer respeito à sua residência fiscal. Isto quer dizer que os trabalhadores deslocados que tenham de arrendar uma casa ou um quarto noutras cidades diferentes da sua morada fiscal, não podem deduzir estes gastos das rendas no IRS, diz a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).
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