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Venda de casas de luxo continuará a crescer este ano
idealista

As imobiliárias preveem que o segmento de luxo continue a crescer este ano face ao aumento da procura, nomeadamente de clientes estrangeiros, e aos preços praticados em Portugal e que ainda estão abaixo das principais cidades europeias.

Segundo a Lusa, que consultou várias mediadoras, estas tiveram bons resultados no ano passado e estão otimistas para este ano. A Porta da Frente Christie’s, por exemplo, viu as receitas e transações aumentar cerca de 25%. Já a JLL aumentou as vendas 30%.

No caso da Predibisa, a operar no Porto, fechou o ano passado a crescer cerca de 40% face a 2015, “com uma concretização de negócios a rondar os 100 milhões de euros”. A Remax Colletion registou uma subida homóloga de 28% em transações e um crescimento de 38% na faturação – fez 1.664 transações e registado um volume de negócios de 21.295.332 euros.

No que diz respeito aos valores médios das vendas, variam entre os 585.000 euros (Remax), 700.000 euros (Porta da Frente Christie’s, que chegou a vender um imóvel por 16 milhões de euros) e 900.000 euros (Fine&Country, que fez uma transação no valor de 28 milhões de euros).

O preço do m2 está, portanto, muito valorizado. A António Azevedo Coutinho revelou que os preços médios no seu portfólio fixam-se nos 3.500 euros por m2 enquanto os mais elevados chegam aos 6.000 euros m2. Já a Predibisa indicou trabalhar com um valor médio de 3.000 euros por m2 no centro da cidade do Porto, “embora alguns edifícios já estejam a atingir os 4.000 euros por m2”, revelou.

Segundo Rafael Ascenso, diretor-geral da Porta da Frente Christie’s, os preços “já ultrapassaram os níveis anteriores à crise [financeira]”, mas não se prevê uma escalada nos preços por haver projetos que nivelam a oferta e a procura. Por outro lado, o facto da maior parte das vendas realizadas nos últimos três anos ter sido feita sem recurso a crédito desencoraja “qualquer ideia de bolha imobiliária”, referiu, citado pela agência de notícias.

De referir que os principais clientes internacionais do segmento de casas de luxo têm sido brasileiros e franceses, mas também há suecos, sul-americanos, sul-africanos e cidadãos do Médio Oriente interessados em investir no imobiliário nacional.

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