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Negócio das casas de luxo ao rubro: cresceu 57% em dois anos
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Comprar casas de luxo parece também ter virado moda em Portugal. Trata-se de um negócio que envolve milhões de euros e que tem impacto direto nas contas da imobiliárias. Os números são esclarecedores: em 2016, o volume de comissões das mediadoras só para este segmento ascendeu a 51,4 milhões de euros, mais 57% que os 33 milhões de euros registados em 2014.

Em causa estão dados que constam num estudo da consultora Dun & Bradstreet. Segundo o Expresso, que teve acesso ao documento, há atualmente no mercado nove marcas dominantes a disputarem o segmento imobiliário de luxo, sendo que a liderar a lista está a Remax Collection, que absorve cerca de 40% do mercado: 21,2 milhões de euros do total de 51,4 milhões de euros.

Foram transacionadas no ano passado 127.106 habitações, entre novas e usadas, ultrapassando 14,8 mil milhões de eutros, sendo que o segmento de luxo representa cerca de 7% deste total, escreve a publicação.

De referir que a completar o top 3 das mediadoras que mais vendem no mercado de luxo estão, por esta ordem, a Sotheby’s, com 9,9 milhões de euros de volume de faturação, e a Christie’s (Porta da Frente e Luximo’s), com 8,1 milhões de euros.

Portugueses lideram compras

Entre os principais compradores de casas de luxo estão os portugueses, que são responsáveis por 51% das transações na Remax Collection. “A verdade é que os portugueses sempre foram aqueles que mais pesaram na nossa faturação neste segmento, mesmo na altura da crise e quando os bancos não financiavam a aquisição de casa. As pessoas já perceberam que investir em ‘tijolo’, como dizia o meu avô, é mais seguro que investir em produtos financeiros, uma perceção que se acentuou com tantas situações de colapso dos bancos”, disse Beatriz Rubio, presidente executiva da Remax, citada pelo diário.

É no distrito de Lisboa – no centro da cidade e nos concelhos de Cascais e de Sintra – que são celebradas as grandes transações: a região absorve 89% do volume de negócios nacional e 88% das aquisições. Nesta zona do país, o valor médio dos imóveis situa-se nos 622.000 euros.

E de onde são os estrangeiros que compram casas de luxo em Portugal? Segundo Beatriz Rubio, que se apoia nos dados da Remax Collection, “os asiáticos voltaram a subir”. Em queda estão os chineses, que “ainda não se refizeram das polémicas com os vistos gold”, referiu, salientando que há outros investidores de olho no imobiliário nacional, como por exemplo os turcos, os russos, os britânicos e os angolanos. “Portugal está muito bem cotado lá fora e continua a ser um dos países mais baratos”, acrescentou.

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