O capital internacional continua a dominar o mercado português de investimento em imobiliário. Os números não deixam dúvidas: os estrangeiros são responsáveis por 82% do investimento no setor. Mas a verdade é que o bom momento do mercado está a atrair todo o tipo de investidores: já não são apenas os europeus a estar de olho em terras lusas, os "players" asiáticos, americanos e africanos assumem uma presença cada vez mais forte.
O perfil do investidor “mudou drasticamente desde 2014”, de acordo com a Cushman & Wakefield (C&W). Citada pelo Jornal Económico, a consultora disse que “até a essa data o investimento imobiliário era dividido em partes iguais, entre investidores nacionais e estrangeiros”. Um cenário que, entretanto, se veio a alterar – como de resto mostram os números.
Depois da tempestade, a bonança? Sim. Ou como quem diz, depois da Troika, o “boom” do imobiliário. O mercado soube recompor-se e os resultados estão à vista: o negócio médio do mercado mais que duplicou, segundo a C&W, situando-se no período de entre 2014 até maio de 2018 nos 35 milhões de euros. Durante os tempos da Troika (2011/2014), o negócio médio do mercado situava-se nos 16 milhões de euros, numa altura em que os investidores internacionais eram sobretudo europeus e com um perfil institucional. Agora, o apetite estendeu-se aos "players" de origem asiática, americana e africana.
Marta Costa, diretora de research da C&W, nota ainda que os “family offices” são cada vez mais relevantes no mercado, e que o investimento no setor se começou a estender para outras vertentes menos tradicionais como hotelaria, equipamentos de ensino ou saúde, mas também ativos industriais.
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