O setor imobiliário está a atravessar um bom momento, mas parece que a chegada do verão provocou um “arrefecimento” no mercado residencial. De acordo com o inquérito Portuguese Housing Market Survey (PHMS), o crescimento da venda e procura de casas desacelerou em junho, sendo a falta de oferta um dos motivos que explica o abrandamento da atividade, “ao limitar as escolhas dos potenciais compradores”.
O inquérito, realizado pela RICS e pela Confidencial Imobiliário (Ci), esclarece que “tal desempenho acompanha a moderação das expetativas relativas à atividade", uma tendência que se tem sentido nos últimos meses.
Ricardo Guimarães, diretor da Ci, explica que esta não é a primeira vez que a atividade no mercado imobiliário regista um declínio no período de verão, designadamente no que respeita à procura por compradores potenciais. “Foi assim este ano e nos anteriores, mesmo no Algarve, apesar desta ser a época alta do turismo”, diz.
O PHMS de junho revela ainda que a procura de casas no país continuou a crescer, mas ao ritmo mais baixo desde dezembro do ano passado, e que apesar de apresentar uma tendência de crescimento acentuado no Porto, se manteve praticamente inalterada no Algarve e em Lisboa.
As vendas mostram “alguma assimetria regional, com o Porto novamente a registar um crescimento firme nas transações, enquanto em Lisboa as vendas reportadas cresceram apenas marginalmente”, lê-se no comunicado. No Algarve houve mesmo um ligeiro recuo em termos mensais.
A oferta, por sua vez, continuou a recuar em junho, sendo este o “15º mês consecutivo em que a entrada de novas casas para venda no mercado nacional apresenta um decréscimo”, revela a Ci.
Quanto ao mercado de arrendamento, o PHMS indica que a "procura continua firme, pressionando a subida das rendas, particularmente num contexto de escassez de colocação de novas ofertas por parte dos proprietários".
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