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Porto tem 8.082 Alojamentos Locais: em 2018 foram registados 3.000
Nick Karvounis/Unsplash

A Câmara Municipal do Porto (CMP) revelou que há 8.082 imóveis afetos ao Alojamento Local (AL) na cidade e que em 2018 foram registados três mil novos espaços, a uma média de 250 por mês. Em junho a autarquia apresenta um esboço de um regulamento sobre medidas de contenção para limitar este tipo de arrendamento no centro histórico da Invicta.

Há na cidade “8.082 imóveis afetos ao AL, dos quais 93% são apartamentos e os outros 7% são moradias e estabelecimentos de hospedagem”, adiantou o vereador do Turismo da autarquia, Ricardo Valente, citado pela Lusa.

Apoiando-se num estudo recente sobre AL feito pela Universidade Católica para a CMP, Ricardo Valente revelou que em 2018 houve uma “média de 250 registos por mês” de novos AL, o que totaliza “três mil” novos registos de Al em 2018 na cidade do Porto, o equivalente a “perto de 42% do total de AL registados num único ano”.

Em termos de tipologias do AL na cidade do Porto, 64% são T0 ou T1, prevalecendo a “lógica dos apartamentos como a grande fatia daquilo que está afeto aos AL”, acrescentou o vereador.

De referir que mais de metade do total de AL do Porto está concentrada nas freguesias do centro histórico da cidade: cerca de 71% dos AL (5.190 registos) estão localizados na União de freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória”, lê-se no estudo a que a Lusa teve acesso.

Dentro desta União de freguesias é, por sua vez, notável a concentração na antiga freguesia de Santo Ildefonso, que corresponde a cerca de 2.000 registos de AL. Se considerarmos as sete freguesias do concelho do Porto, Bonfim aparece em segundo lugar com 962 AL, o que corresponde a 13% no total dos AL contabilizados. Segue-se a União de freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos, com 388 AL, o que correspondente a 5% do total de AL.

Câmara apresenta em junho esboço do regulamento

A CMP reiterou que pretender apresentar em junho um esboço de um regulamento sobre medidas de contenção para limitar o AL no centro histórico, para depois recolher sugestões dos munícipes via “e-mail” e fóruns.

“Nós pretendemos que em 30 dias tenhamos cá fora essa proposta de regulamento e a partir daí, evidentemente pelos meios tradicionais, nós iremos criar um ‘e-mail’ próprio e iremos também junto das juntas de freguesia promover fóruns de discussão deste tema para que a cidade participe de forma ativa nesta discussão”, afirmou Ricardo Valente, durante um debate público sobre a habitação na cidade.

O vereador já tinha anunciado na semana passada, durante a reunião pública da CMP, que iria apresentar “um ‘draft’ (projeto)” de um regulamento para limitar o AL no prazo de um mês.

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