Estes imóveis, por decisão da autarquia da capital, podem agora ser destinados a outros usos.
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Seis edifícios no centro de Lisboa acabam de deixar de ter o fim de utilidade pública
Photo by João Ferrão on Unsplash

Um conjunto de seis imóveis desocupados, no centro de Lisboa, foram desafetados dos fins de utilidade pública, podendo assim ser colocados no mercado e dedicados a outros usos. A medida foi aprovada pela Câmara Municipal de Lisboa, no final da semana passada, no âmbito da segunda alteração simplificada do Plano de Urbanização da Avenida da Liberdade e Zona Envolvente (PUALZE). A proposta, subscrita pelo vereador do Urbanismo, Ricardo Veludo, foi aprovada, com os votos contra do CDS, PCP e Bloco de Esquerda.

Em causa estão um edifício afeto à Fundação do Oriente, localizado na Rua do Salitre; outro da Autoridade Nacional de Protecção Civil na Rua Câmara Pestana; um imóvel na Praça da Alegria afeto à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Ajuda; o Cinema Olympia na Rua dos Condes; um imóvel na Rua Camilo Castelo Branco da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários Lisboneses e outro dos Correios de Portugal, na Rua de São José.

De acordo com a proposta, citada pelo diário, o município considera que "a presente alteração não tem qualquer impacto, por si só, no valor patrimonial tributário dos imóveis abrangidos”. A autarquia diz ainda que estes edifícios “não são necessários para a colmatação de necessidades de programação de equipamentos” e não dispõem de condições para colher, por exemplo, cuidados de saúde ou de apoio social. 

Edifícios do ICN e da Epal fora da lista

Esta alteração simplificada ao PUALZE, segundo conta o Público, ficou na gaveta por mais de um ano. Foi ainda em março de 2018 quando a Câmara de Lisboa aprovou dar início à alteração de usos de oito imóveis, desocupados, naquela zona. No entanto, a proposta ficou barrada na assembleia municipal.

Face à proposta que tinha sido apresentada em 2018, e aquela que foi esta quinta-feira aprovada, há algumas alterações, nomeadamente ao número de imóveis previstos no plano de alteração de usos. Dos oito, indica o jornal, dois estão ocupados e ficarão de fora: o imóvel da Rua de Santa Marta, n.º 55, onde antes funcionaram serviços do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, e que está agora ocupado por outros serviços da Administração Central e do sector empresarial do Estado. Os números 14-26 da Avenida da Liberdade, ocupados pela sede da Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL), também ficam de fora. 

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