Mentores do Desafio, Massimo Forte e Gonçalo Nascimento Rodrigues, revelam as principais conclusões do evento online, fazendo um balanço para o idealista/news.
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A grande força do mercado imobiliário? “Relação” - mas há outros desafios
Os mentores do Desafio: Gonçalo Nascimento Rodigues(à esquerda) e Massimo Forte (à direita) Maio de 2018

Uma plateia de quase 400 participantes juntou-se a Massimo Forte e Gonçalo Nascimento Rodrigues para mais um “Desafio”, desta vez num formato bem diferente e inovador. Este evento de sucesso deu o salto para o online, dado o contexto da pandemia da Covid-19, e procurou, ao longo de seis episódios, debater o presente e futuro do imobiliário, com foco nas suas dinâmicas, história e evolução. Mas qual é, afinal, a grande força de mercado? “Relação”, explicam os mentores, que em jeito de balanço, para o idealista/news, identificam os pontos chave deste desafio de webinares.

A grande mensagem do evento, “tal como o Massimo procurou concluir no último episódio”, indica Gonçalo Nascimento Rodrigues, “É relação”. “Essa é a grande força do mercado”, diz, acrescentando que, para se entender a sua importânia, foi fundamental percorrer 6 episódios e falar sobre: O que é um ativo imobiliário e porque é que ele é tão diferente dos restantes; Qual é a base do trabalho do mediador? Angariação e partilha; A História, recordando os ciclos do mercado e a evolução do imobiliário, e relembrando que o ativo imobiliário é volátil, valoriza e desvaloriza, sem deixar de traçar o percurso evolutivo da mediação imobiliária ao longo dos tempos, e quais os sistemas que podem ser usados, e quais os mais adequados.

“Isto tudo para podermos concluir que, independentemente do que possa acontecer no futuro, a base do trabalho no imobiliário é a relação, a partilha, o trabalho em equipa e em conjunto com os outros. Imobiliário não é uma atividade transacional mas sim relacional”, frisa Gonçalo Nascimento Rodrigues.

Massimo Forte considera que, através deste ciclo de webinares, foi possível dar uma perspetiva clara do que é o mercado imobiliário, “visitando a sua história recente, as crises, os ciclos, as características e dando destaque à forma como os agentes imobiliários deverão agir nos vários cenários, segmentos e tipos de clientes, sejam consumidores finais como investidores”. “Isto tudo em 6 episódios bem estruturados e equilibrados”, refere. “No final, tivemos também uma excelente participação do idealista, com o António Marques (diretor comercial da empresa em Portugal), que nos deu os números mais recentes do mercado em Portugal e por isso também tivemos a possibilidade de fazer algumas projeções reais do que está a acontecer e principalmente o que fazer”, destaca.

As preocupações do setor: os preços e as transações

As preocupações da audiência, explica Gonçalo Nascimento, prendem-se muito, “naturalmente”, com o poderá acontecer no mercado no futuro. “O que acontecerá aos preços? E às transações?”, foram dúvidas preementes, ao longo do Desafio. Quanto ao futuro, resume, os cenários explorados apontam para “alguns segmentos que serão mais atingidos, outros que por seu turno até irão beneficiar com esta crise, e ainda outros que terão ainda de provar a sua resistência”:

  • Segmentos mais afetados: retail, hotelaria e Alojamento Local;
  • Segmentos de oportunidade: logística, industrial e escritórios flexíveis; 
  • Segmentos com impactos negativos de curto prazo: conceitos de living, terceira idade;

E o residencial? Gonçalo Nascimento Rodrigues diz que este “está muito dependente de variáveis mais externas, tais como disponibilidade de financiamento e taxas de juro” e que, portanto, “a sua resiliência dependerá em muito da capacidade da banca em financiar o setor no futuro”.

A grande força do mercado imobiliário? “Relação” - mas há outros desafios
Entrevista presencial ao idealista/news em maio de 2019 idealista/news

Mais um desafio à vista?

“O balanço é muito positivo. Em poucos dias, conseguimos adequar o conceito d’O Desafio, de formato ‘conferência’ para formato webinar”, refere Gonçalo Nascimento Rodrigues, sublinhando a adequação aos novos tempos e transformação do evento numa série de seis episódios, “contando uma história que era importante contar neste enquadramento de mercado”. “Conseguimos preparar quase 400 pessoas para o que os espera agora no regresso ao trabalho. Sim, tivemos quase 400 inscrições. Tudo isto, volto a dizer, em poucos dias. É um processo de transformação e adequação brutal a uma nova realidade”, frisa ainda.

O balanço é muito positivo. Em poucos dias, conseguimos adequar o conceito d’O Desafio, de formato ‘conferência’ para formato webinar
Gonçalo Nascimento Rodrigues

Para Massimo Forte, o balanço é, também, “altamente positivo, tendo em conta as condicionantes do online”. “Não nos podemos esquecer que o Desafio é um evento presencial que dura uma manhã, e que transformá-lo num evento online de 6 sessões de uma hora e meia cada foi de facto um grande desafio, e ganho”, salienta, face aos feedbacks positivos dos profissionais que participaram neste evento.

Não nos podemos esquecer que o Desafio é um evento presencial que dura uma manhã, e que transformá-lo num evento online de 6 sessões de uma hora e meia cada foi de facto um grande desafio, e ganho.
Massimo Forte

 

 

 

Massimo Forte garante que todos episódios tinham interação no final, e que essa foi, talvez, “das partes mais ricas deste Desafio digital”. “Devo dizer que superou o Desafio presencial, pois conseguimos trocar opiniões e experiências com grande parte dos profissionais presentes”, diz o mentor.

Explica, mais uma vez, e à semelhança de Gonçalo Nascimento Rodrigues, que as grandes preocupações de todos, na generalidade, focam-se no como é que o mercado fica a partir de agora “e o que devo fazer para adaptar e continuar a atividade, principalmente na mediação imobiliária”. “Todo o Desafio foi elaborado tendo em conta duas premissas: adaptação e relação”, aponta.

“Na minha opinião, e mais uma vez, o nosso objetivo no final do dia foi atingido. Ajudar os profissionais da mediação imobiliária e do imobiliário em geral a serem melhores profissionais mesmo nestes momentos inesperados. Resta-me dizer muito obrigado ao Gonçalo, ao idealista, aos participantes e...vamos à 2ª temporada? “, remata Massimo Forte, deixando a porta aberta a mais “Desafios” no futuro.

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