A Standard & Poor’s (S&P) aponta para quedas de preços na habitação em todos os mercados europeus este ano, com mais força em Itália, Irlanda, Espanha e Reino Unido.
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Preços das casas em Portugal devem cair 2,5% em 2020, mas S&P prevê recuperação rápida
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Os preços das casas deverão cair em quase todos os principais mercados europeus este ano devido aos efeitos económicos da pandemia da Covid-19, segundo as conclusões dos economistas da Standard & Poor’s (S&P) Global Ratings. A agência de notação financeira prevê uma queda de 2,5% no preço da habitação em Portugal, mas aponta para uma recuperação rápida e crescimento fortes até 2022.

A S&P fez uma análise ao mercado residencial na Europa no relatório "Government Job Support Will Stem European Housing Market Price Falls" e quais as consequências da crise da Covid-19. Os resultados mostram, de resto, um futuro promissor, uma vez que apontam para quedas mínimas nos preços.

"Estimamos que os preços das casas diminuam entre 3% e 3,5% na Irlanda, Itália, Espanha e Reino Unido, 2,5% em Portugal e entre 1,2% e 1,4% na Bélgica, França e Alemanha ", refere Boris Glass, economista sénior da S&P Global Ratings, citado num comunicado a que o idealista/news teve acesso."Somente na Suíça esperamos que os preços continuem a aumentar pelo menos 0,5% este ano", acrescenta Glass.

Preços das casas em Portugal devem cair 2,5% em 2020, mas S&P prevê recuperação rápida
S&P

Apoios ao emprego podem travar quedas

Ainda assim, a S&P espera que os mercados recuperem mais rápido que o previsto. A agência de notação financeira está confiante de que os preços irão voltar a crescer rapidamente até ao final de 2022, muito por culpa dos apoios em larga escala implementados pelo Governo. Segundo a S&P, os apoios deverão conter as taxas de desemprego e, portanto, as quedas nos preços das casas.

Além disso, a S&P destaca a rápida ação do Banco Central Europeu (BCE) ao limitar a deterioração das condições de crédito e considera que a política monetária deve “continuar a ser extremamente flexível e favorável mesmo quando as economias recuperarem”.

"Atualmente, as famílias estão a acumular poupanças", algo que, na opinião de Glass, "deve ajudar a sustentar a recuperação da economia e do mercado imobiliário, uma vez que medidas de contenção do vírus estão a ser levantadas e as economias irão começar gradualmente a retomar a normalidade”, refere ainda Glass.

Apesar disso, a agência de notação financeira avisa no relatório que as previsões podem voltar a ser revistas caso se verifique um novo surto de coronavírus no outono ou se o mercado de trabalho não responder positivamente às medidas implementadas pelos governos europeus.

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