A expetativa dos expositores é positiva: acreditam que o público vai aderir e que vão continuar a realizar negócios.
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SIL 2020: expositores recusam baixar os braços em tempos de pandemia e mantêm confiança no setor
Elisabete Soares

São várias as mediadoras, promotores imobiliários, empresas de serviços e algumas associações setoriais que desafiam as incertezas provocadas pela pandemia da Covid-19 e marcam presença no Salão Imobiliário de Portugal (SIL), que começou esta quinta-feira (8 de outubro de 2020) e termina domingo (11 de outubro) – realiza-se, à semelhança dos últimos anos, na FIL, no Parque das Nações, em Lisboa.

O idealista/news falou com um conjunto de expositores presentes no SIL, e com outros que integram a Tektónica - Feira Internacional de Construção e Obras Públicas e a Intercasa - Living & Design, e a tónica que resulta do primeiro dia é positiva, na convicção de que hoje, sexta-feira (9 de outubro de 2020), e o fim de semana, serão dias de maior afluência de público, tanto profissional como de visitantes não profissionais.

Com cerca de 40 expositores presentes no SIL, a “sensação” que fica é a de que não se deve baixar os braços nesta fase, sendo necessário continuar a marcar presença nos eventos do setor imobiliário e a apostar na promoção dos imóveis e empresas.

Mediadora Nolon otimista

“Estar presente no SIL é uma forma de demonstrar confiança, reforçar e ser solidário com o setor”, destaca Sandra Miranda, responsável da Nolon, empresa de mediação do grupo Finsolutia. No entanto, “a presença da Nolon destina-se também a divulgar os empreendimentos residenciais em comercialização no país, aumentar a notoriedade da marca e fomentar o networking”, acrescenta. 

Com escritórios em Lisboa e Porto e agentes em todo o país, a Nolon tem uma carteira de mais de 8.000 imóveis exclusivos, estando a comercializar um conjunto de empreendimentos, como por exemplo o Palmela Village, o Lumina Portimão, o Guarda Living e o Varandas do Mondego, em Soure.

A mediadora reparte o stand com a Twinkloo, consultora de crédito à habitação do grupo Finsolutia. Criada há cerca de um ano, a presença da Twinkloo no SIL é, na opinião de Susana Terra, um investimento importante para divulgar “a especialista de crédito imobiliário” aos parceiros do setor e ao público em geral.

SIL 2020: expositores recusam baixar os braços em tempos de pandemia e mantêm confiança no setor
Elisabete Soares

Nada “vai abalar” a Century 21 

A rede de mediação imobiliária Century 21 é a única das quatro maiores redes que contrariou os receios criados pela Covid-19 e marcou presença no SIL. “Nada nos vai abalar”, diz ao idealista/news Paula Diniz, coordenadora da agência Home4you, da rede Century 21, que está localizada no Parque das Nações (Lisboa) – detém três lojas.

“Já se vê algum movimento de visitantes e acredito que amanhã [sexta-feira] e no fim de semana vai melhorar e vamos conseguir mostrar os nossos imóveis a clientes e também fazer networking”, destaca. Nesse sentido, a agência vai estar presente também no sábado à tarde, porque acredita que terá oportunidade de fazer uma boa divulgação da carteira de imóveis.

Sobre o mercado, Paula Diniz considera que “este é um ano atípico”, sendo que continua a haver pessoas a “comprar imóveis”. “E os preços não estão a baixar”, conta.

Grupo Libertas: “É importante estar presente”

O grupo imobiliário Libertas é um assíduo participante das edições do SIL e este ano renovou o interesse em participar. “Somos um grupo que em termos de dimensão é importante estar presente neste evento”, destaca Henriqueta Ramos, Digital Marketing Manager da empresa.

Com empreendimentos em Lisboa, como o Unique ou o Tagus Bay (Alcochete), e em Faro, o Albufeira Prime e o Lux Garden, o grupo Libertas está a promover os seus empreendimentos através da Casa em Portugal, empresa de mediação. “Estes são imóveis com localizações prime, com vista de mar e com qualidade”, diz Rosa Lourenço, responsável pelo Tagus Bay.

Também para Jordan Freitas, franqueado da Imotrust, na região de Santarém, apesar do ano atípico, “a hipótese de não vir” não foi colocada. E, até ao momento, esta é uma decisão acertada, comenta.

A rede de franchising nacional, criada há seis anos e com seis lojas franqueadas até ao momento, localizadas na região Centro – Ourém, Fátima, Tomar, Amadora, Montijo e Cartaxo –, tem como desafio expandir a rede, sendo o SIL o melhor local para o fazer.

Materiais de construção e decoração na expetativa

Expetativa é a palavra que melhor define o sentimento de alguns dos expositores da Tektónica e da Intercasa, feiras que este ano partilham o espaço com o SIL. 

É o caso da Piradimal, empresa de interiores e decoração de Sintra, que decidiu inovar e mostra no seu espaço a transformação ao vivo das peças de madeira. Uma situação que vai permitir que os visitantes se detenham para apreciar as obras finais, especialmente a coleção Seiva, constituída por móveis e objetos em madeira. 

“A nossa ideia é que, mesmo com a Covid-19, é preciso continuar a estar presente, embora tenhamos consciência do risco”, destaca Mónica Moura, arquiteta da empresa. “Há um risco, eu percebo, mas temos de ter confiança”, sublinha.

Mónica Moura acrescenta que nos últimos meses se verificou um aumento de atividade, devido em parte “ao concerto de móveis e de objetos de decoração”, algo que a empresa também faz. Mas, também, de móveis de cozinha e casa de banho que se destinam a decorar casas compradas ou recuperadas recentemente.

SIL 2020: expositores recusam baixar os braços em tempos de pandemia e mantêm confiança no setor
Elisabete Soares

Continua a haver procura de mobiliário 

Situada na capital do móvel, em Paços de Ferreira, a Mobikasa “é uma empresa jovem e dinâmica, fabricante de móveis e decoradores de interiores”, destaca Vítor Silva. A presença na Intercasa foi uma tradição que habituou os clientes e, por isso, manteve a inscrição também este ano. E as expetativas são positivas. “A feira está a começar, mas esperamos a visita dos nossos clientes”, conta o responsável. 

Vítor Silva acrescenta, de resto, que a “procura de mobiliário nos últimos meses não deixou de existir” e que “as vendas continuaram a concretizar-se”.

Também para Sérgio Peralta, da Farcimar – Soluções em Pré-fabricados de Betão, a decisão foi manter a inscrição na Tektónica, feita algumas semanas antes do início da pandemia.
Segundo o responsável, “a expetativa de contactos é grande”, sobretudo nos dois dias destinados aos profissionais, já que a gama de produtos da empresa, criada em 1989, em Arouca, apesar de diversificada, se dirige tanto a obras públicas como aos privados, nos mercados da construção civil, vias de comunicação e agricultura.

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