Ter uma casa modular com ADN português: assim são as Turtle Houses

As casas pré-fabricadas e modulares continuam nas “bocas do mundo”. Vistas cada vez mais como soluções de habitação que garantem, entre várias coisas, flexibilidade e possibilidade de serem adaptadas de acordo com as necessidades de cada pessoa, são uma opção para quem quer alternativas ao modelo tradicional. A empresa portuguesa Turtle Houses, por exemplo, tem desde cabines habitacionais versáteis para zonas com menor implantação disponível, a moradias de campo ou cidade e casas com design contemporâneo, piscina e jardins interiores incluídos. Os preços variam, habitualmente, entre os 60.000 e os 350.000 euros (para uma casa de 400 metros quadrados), segundo explica Luís Guerreiro, diretor geral da Turtle Houses, em entrevista por escrito ao idealista/news.

O responsável conta que a Turtle Houses nasceu em 2015, embora derive de uma outra empresa que atuava desde 1995 na área da construção civil, mais concretamente na remodelação e apoio a manutenção de grandes condomínios. Para Luís Guerreiro, o setor, principalmente na área habitacional, “sofreu poucas evoluções ao nível do seu método construtivo” e com isso continuamos “a ter casas com fraco isolamento térmico e acústico, e prazos de execução muito alongados”. “Tornou-se quase assustador para o comprador comum pensar em construir uma moradia”, diz.

Na Turtle Houses, neste caso, não há “modelos” pré-concebidos. Fazem à medida, ao gosto, dimensão e até ao orçamento de cada cliente. Uma das vantagens de poder construir de forma modular, segundo o responsável, diz respeito à possibilidade de trazer para dentro de uma fábrica “mão de obra mais concentrada, com equipas mais pequenas”, algo que permite reduzir não só os prazos de execução como os valores de venda ao público.

Créditos: Turtle Houses

Prazos de execução em fábrica entre 2 a 5 meses

Conta que iniciaram a atividade com a construção em contentores, mas nesta altura já têm outras alternativas igualmente modulares que permitem a mesma qualidade sem os limites físicos dos contentores marítimos. “Tínhamos dificuldade em responder a pedidos com duplos pé direito, o que agora resolvemos sem dificuldade”, explica Luís Guerreiro.

Os prazos de execução em fábrica demoram entre 2 e 5 meses, “ainda que exista o tema do licenciamento camarário, que demora sempre mais tempo que isso”, avisa. Ainda assim, o aumento da procura é evidente, impulsionado, também, pelos tempos de pandemia. “Temos vindo sempre a crescer, principalmente no último ano, com imensa procura de norte a sul do país e inclusive do estrangeiro”, garante o diretor-geral da Turtle Houses.

“As vantagens face a construção tradicional são a qualidade de construção face ao preço (relação custo/benefócio), a rapidez de construção, arquitetura contemporânea com grande aproveitamento dos espaços, orçamentos sem surpresas ou acréscimos imprevisíveis, construções ecológicas e sofisticadas, acompanhamento em todas as fases do processo de construção na fábrica”, sublinha.

De habitação a stands para eventos

Além de casas, a empresa tem no seu portefólio as White Turtles, um segmento da marca que visa dar resposta a tudo o que não seja habitação, desde apoios de praia, stands, lojas, postos avançados de proteção civil e policiais, entre outros.

“Fazemos os festivais de verão com a marca Nestlé (Kitkat) com duas estruturas que têm sido um sucesso e assim que a pandemia deixar voltaremos a estar presentes”, remata o responsável.

Créditos: Facebook Turtle Houses