São os portugueses que mais compram ou arrendam casas em Portugal, diz a mediadora.
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Compra e venda de casas na Remax
Photo by Motoki Tonn on Unsplash

A economia portuguesa já dá sinais de recuperação. E o negócio das mediadores imobiliárias em muito tem contribuído para marcar o passo desta evolução. A Remax Portugal terminou a primeira metade do ano com um volume de negócios 43,6% superior ao do período homólogo. E o número de transações registadas subiu 45%, fazendo deste “o segundo melhor semestre de sempre da rede”.

Foram fechadas pela Remax Portugal um total de 36.617 transações até junho, sendo que a grande maioria (78,1%) diz respeito à compra e venda de imóveis. Contas feitas, a mediadora imobiliária movimentou no primeiro semestre cerca de 2,95 mil milhões de euros, avança em comunicado enviado às redações.

Para Beatriz Rubio, CEO da Remax Portugal, os dados refletem um período de “acentuado crescimento e forte dinamismo” da mediadora imobiliária. E foi no segundo trimestre, que “a Remax registou o seu melhor trimestre de sempre em transações imobiliárias, com os meses de abril, maio e junho a superarem pela primeira vez as 20 mil transações em três meses”, destaca ainda Beatriz Rubio citada no documento.

Quem compra casa? E onde?

São os portugueses que mais compram ou arrendam casas em território nacional. Os investidores nacionais foram responsáveis por 84,5% das transações da Remax entre janeiro e junho, seguindo-se os brasileiros (4,7%), os ingleses (1,1%) e os franceses (1,1%).

E onde estão a comprar mais? Por todo o país. O número de transações levadas a cabo pela Remax aumentou em todas as regiões do território nacional e houve três em particular onde se registou um salto homólogo superior a 50%: no Grande Porto (64%); na região Norte (54%) e no Centro Norte (54%). Em Lisboa o aumento situou-se entre os 36,4% e os 49,5%. Já o Algarve foi a região que registou a menor evolução no número de transações - de 23,1%.

A nível distrital, salta à vista que foi em Lisboa que houve o maior número de transações (14.817), pesando 40,5% no total. A seguir vem o distrito do Porto com 5.210 operações (14,23%) e a completar o top três está Setúbal com 3.976 vendas (10,86%). Em comunicado, a Remax destaca que foi o distrito do Porto e de Coimbra que mais cresceram em transações imobiliárias neste período – o primeiro 59,4% e o segundo 67%.

Quintas e terrenos com mais procura

Os apartamentos e as moradias foram os dois tipos de imóveis mais comercializado pela Remax entre janeiro e junho, representando quase 62% e 21,4% do total, respetivamente. Os terrenos com 7,2%, as lojas com 3,4% e as quintas com 1,1% completam o top cinco de tipos de imóveis mais transacionados.

“O maior relevo vai para as quintas e terrenos, os tipos de imóveis que registaram maiores índices de crescimento em transações, sendo que as quintas registaram um acréscimo de 59% e os terrenos quase duplicaram, com um crescimento de 97% face ao período homólogo”, revela a mediadora no comunicado.

Sem surpresas, as tipologias mais procuradas nos apartamentos vendidos foram os T2 (45,7%), seguindo-se os T3 (31,8%), os T1 (16,5%) e os T4 (3,7%). Já nas moradias as tipologias T3 (41,5%), T2 (21,7%), T4 (20,8%) e T5 (6,8%) foram as mais negociadas no semestre.

Quintas e terrenos aumentam procura
A procura por quinta e terrenos aumentou Photo by Dan Meyers on Unsplash

Mais agências e mais consultores

A par do seu crescimento na faturação, a Remax Portugal também abriu mais agências pelo território nacional. Em concreto somaram-se mais 21 neste primeiro semestre do que em igual período do ano passado, totalizando agora 371 agências. A acompanhar este crescimento, também houve um aumento do número de consultores. Resultado de novas contratações, a Remax tem agora mais 839 agentes do que no período homólogo. No total, são 9.754 profissionais.

Olhando para o futuro, Beatriz Rubio aponta vários fatores que vão contribuir para a retoma: “A reanimação da atividade económica, o retorno de algum do investimento internacional, as melhorias nos índices do setor do turismo e a própria evolução da segurança sanitária, contribuirão para um bom desempenho do setor imobiliário”. E acrescenta que “as perspetivas são assim positivas, atendendo ao facto de estarmos a falar de um setor que se tem mostrado bastante resiliente nos períodos mais difíceis da pandemia, meses em que provou ser uma alavanca do crescimento económico nacional.”

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