Nos terrenos abandonados junto ao Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, deverão nascer prédios em quarteirão, estacionamentos e um parque verde público. O documento da Unidade de Execução da Ajuda, que esteve em consulta pública, já foi aprovado em reunião da Câmara de Lisboa, e determina que os novos edifícios tenham um máximo de cinco pisos acima do solo, com exceção dos prédios com frente voltada para a Calçada da Ajuda e para a Rua Bica do Marquês – que não poderão ultrapassar os dois e os quatro pisos.
A Unidade de Execução da Ajuda, da autoria do arquitecto Gonçalo Byrne, tem sido contestada desdo o início por um grupo de cidadãos que considera a intervenção violenta e que “rasga definitivamente o tecido social da freguesia”.
A proposta agora aprovada, com os votos contra do PCP, do Livre e da vereadora independente Paula Marques, a abstenção do BE, e votos a favor do PSD, CDS e PS, deu resposta a algumas das preocupações levantadas durante a consulta pública, nomeadamente sobre a localização das sedes do 2.º Grupo de Escoteiros da Ajuda e da Comissão Unitária de Reformados e Idosos da Ajuda (Curifa) que vão manter-se ali. Já a Academia Recreativa da Ajuda será reinstalada numa zona próxima.
As novas construções terão, sobretudo, uso habitacional (80%), com pisos em cave destinados a estacionamento. Também deverá ser criada uma rua transversal à Rua da Bica do Marquês, que, além de assegurar o acesso aos novos prédios, vai permitir aceder ao futuro espaço verde, segundo o jornal.
Além disso, e ao contrário do que foi noticiado inicialmente, não está prevista a construção de casas de renda acessível, algo que motivou várias críticas por parte do PCP, que diz que a câmara “ficou aquém do que poderia ter feito”, considerando que havia margem para que a autarquia tivesse tomado medidas para assegurar que naqueles terrenos fossem criadas casas para arrendar a custos controlados.
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