Entre janeiro e maio foram criadas 2.079 empresas no setor das atividades imobiliárias. Mais 26% que em igual período de 2021.
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Nos primeiros cinco meses de 2022 nasceram em Portugal 21.686 novas empresas, mais 20% face ao mesmo período do ano passado. O setor das atividades imobiliárias continua a ser um dos que mais contribui para este aumento, tendo sido responsável pela criação de 2.079 empresas desde janeiro – são mais 493 empresas que em igual período do ano passado (1.922), ou seja, mais 26%. Este é, de resto, um dos setores que já supera os níveis pré-pandemia, segundo dados que constam no último Barómetro da Informa D&B.

O relatório indica que “estes valores retomam o ciclo de crescimento no empreendedorismo que se verificava desde outubro de 2021, mas que tinha sido interrompido no mês de abril”. Ainda assim, o nascimento de empresas nos cinco primeiros meses do ano está 11% abaixo dos valores registados em 2019, antes da pandemia.

“Apenas os setores das tecnologias de informação e comunicação (+26%) e das atividades imobiliárias (+18%) já superam os valores de 2019”, frisa a Informa D&B.

A grande maioria dos setores registou crescimentos na criação de novas empresas nestes primeiros cinco meses do ano:

  • O setor dos transportes está em destaque, com a criação de 795 empresas desde janeiro, o que corresponde a um crescimento de 113% face ao período homólogo;
  • Outro setor igualmente muito penalizado nos últimos dois anos - o alojamento e restauração - regista também um crescimento significativo de 37%, com 559 novas empresas;
  • Também com números expressivos estão o setor dos serviços gerais (+761 constituições, +33%) e serviços empresariais (+532 constituições, +17%);

No setor da construção nasceram 2.480 empresas desde janeiro, isto é, mais 331 empresas que em igual período do ano passado.

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Os setores do retalho (-11%) e agricultura e outros recursos naturais (-0,8%) são os únicos a registarem uma descida nos nascimentos face a 2021. No retalho, a descida ocorre em quase todos os subsetores, especialmente no retalho de têxtil e moda, generalista, alimentar e outros; neste setor, apenas o retalho automóvel cresceu nos primeiros cinco meses de 2022 face ao período homólogo.

O crescimento na constituição de empresas ocorreu em quase todos as regiões (com exceção de Bragança e Horta), com destaque para a Área Metropolitana de Lisboa, que regista mais 2.227 novas empresas do que em 2021, uma subida de 36%.

Encerramentos e insolvências mantêm descida

Entre janeiro e maio de 2022, encerraram 5.070 empresas, menos 1,6% que no período homólogo, que corresponde a menos 83 encerramentos. Neste período, apenas três setores registam um aumento dos encerramentos:

  • retalho (+75 encerramentos, +10%)
  • indústrias (+26 encerramentos, +5,4%)
  • atividades Imobiliárias (+14 encerramentos, +4,2%)

No mesmo período, 708 empresas iniciaram um processo de insolvência, valor que representa uma descida 22% face a 2021 (menos 197 novos processos), mantendo assim a descida ocorrida em 2021. Indústrias, alojamento e restauração e retalho são os setores com maior número de insolvências, mas são também aqueles em que este indicador mostra uma maior queda face ao período homólogo.

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