
O antigo hospital psiquiátrico Miguel Bombarda, em Lisboa, vai ser reabilitado para dar lugar a um projeto imobiliário que, entre vários usos, prevê a criação de habitação, comércio e serviços, além de uma escola e equipamentos culturais. No entanto, a autarquia da capital pretende lançar um novo estudo para avaliar o estado de conservação e situação estrutural dos edifícios.
Questionada pela Lusa, a Câmara Municipal de Lisboa disse que está a analisar um Pedido de Informação Prévia (PIP) sobre o Hospital Miguel Bombarda, para "aferir a viabilidade de uma intervenção que inclui habitação, comércio, serviços e equipamentos, como uma escola básica".
A "complexidade da intervenção" obriga ao envolvimento de vários departamentos municipais, realçou a autarquia, adiantando que houve, "nas últimas semanas, várias reuniões e visitas de trabalho ao local", para iniciar, "brevemente", um estudo estrutural e patrimonial dos edifícios do antigo hospital.
O estudo, que avaliará o estado de conservação e a situação estrutural do imóvel, "será essencial para tomar decisões sobre cedências patrimoniais e ponderar as demolições necessárias", adiantou.
Dispersão dos devolutos do Estado por várias bases dificulta retrato
O património público devoluto está disperso por várias bases de dados, o que não facilita o retrato da situação, tendo o Governo identificado mais de quatro mil imóveis com aptidão habitacional, entre terrenos e edifícios, de acordo com a Lusa.
No balanço conhecido em fevereiro, depois da aprovação do Programa Mais Habitação, no qual consta a adoção de um regime de arrendamento compulsivo das casas devolutas, o Ministério da Habitação informou ter identificado mais de quatro mil imóveis devolutos com aptidão habitacional.
Um deles é o antigo Hospital Miguel Bombarda, em Lisboa, onde, de acordo com a Carta Municipal de Habitação recentemente apresentada pela autarquia, existem 47.748 habitações vagas, das quais 1.756 são municipais.
*Com Lusa
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