Além de ajudar a proteger as casas do calor, a cal permite preservar o exterior das habitações no Alentejo e manter tradições.
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Casas no Alentejo
Foto de craveiro_ pics no Pexels

As casas caiadas de branco sempre fizeram parte da paisagem urbana do Alentejo. E há vários motivos que o explicam. Além de ajudar a proteger as casas do calor, refletindo o sol, a cal permite preservar o exterior das habitações, garantindo que mantêm um bom isolamento. Este ano a tradição ganha nova cor, com a ajuda dos municípios que estão a apoiar os alentejanos a caiar as suas casas de branco.

A tradição já é antiga. Antes, a cal chegava às terras alentejanas por barco através do Guadiana e era transportada em carroças até as habitações. Hoje, quem vai dar nova vida à tradição são mesmo os municípios do Alentejo, como é o caso das autarquias de Mora e Ferreira do Alentejo, que criaram campanhas de distribuição de cal tendo em vista a conservação e reabilitação das casas que utilizam este revestimento exterior, escreve o Expresso.

Esta é uma forma que o município de Ferreira do Alentejo encontrou para “manter viva esta tradição, contribuindo para a preservação cultural, sem esquecer a melhoria das condições habitacionais dos munícipes”, disse o autarca Luís Ameixa ao mesmo jornal. Até porque além de as casas serem caiadas também são alvo de “pequenas obras de conservação”.

As vantagens da utilização da cal enquanto revestimento exterior já eram percecionadas pela população mais antiga. Além de ser um material ecológico, tem um preço acessível, ajuda a manter a temperatura da casa no verão e evita o aparecimento de humidade e de fungos. E, a par de tudo isto, ajuda a valorizar as casas tradicionais alentejanas.

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